Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/09/2015
Viagem a Marte realista
Poucos aficionados das viagens espaciais ainda sonham com uma viagem a Marte sem um salto tecnológico ainda por vir.
Tudo parece ter ficado mais difícil depois que as duas principais agências espaciais do mundo, a ESA e a NASA, reconheceram conjuntamente que ir a Marte é um sonho distante.
Mas ainda há esperanças de ver o homem se aproximar do planeta vermelho - e sem saltos tecnológicos futurísticos.
Um trio de pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia traçou um plano que eles garantem poder levar humanos a Marte usando apenas recursos já disponíveis ou em desenvolvimento.
A missão foi projetada em várias etapas, começando com astronautas pousando na lua Phobos de Marte em 2033, seguida pelos primeiros passos em Marte em 2039, em um pouso de curta duração, e, finalmente, uma missão de um ano em Marte em 2043.
Horizonte de vida
Price Hoppy e seus colegas admitem que, para programar uma missão a Marte realista e factível é necessário levar em conta os orçamentos cada vez mais apertados da NASA. Mas também é necessário considerar que a missão "deve ocorrer dentro do horizonte de interesses dos vários envolvidos, incluindo o público".
Por isso eles propõem uma "arquitetura mínima" para os voos, utilizando o foguete SLS, que deverá fazer o primeiro voo em 2018, e a nave Orion, uma versão atualizada das naves Apollo que já está praticamente pronta.
A viagem seria acelerada com um módulo inflável para voos de longa duração, tudo empurrado por um sistema de propulsão solar-elétrica.
Arquitetura mínima
"Nós chamamos essa arquitetura de mínima porque ela irá minimizar grandes esforços de desenvolvimento e se basear largamente em elementos atualmente em desenvolvimento ou planejados pela NASA," escrevem os três pesquisadores.
Entre as tecnologias ainda por serem desenvolvidas estaria um sistema de retropropulsão supersônica para facilitar e reduzir os riscos do pouso em Marte.
Os pesquisadores recomendam uma missão prévia com uma sonda robótica não-tripulada para testar o mecanismo.
O primeiro passo da viagem, a ida a Phobos, poderia ser incorporado à já planejada missão de redirecionamento de um asteroide para uma órbita em torno da Lua.
Os pesquisadores ressaltam que tudo pode ficar ainda mais factível e próximo da realização se outras agências espaciais concordarem em realizar a missão conjuntamente.