Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/12/2016
Pele artificial com pelos
As peles eletrônicas estão ficando cada vez melhores, acenando com aplicações como detecção de temperatura, pressão, níveis de oxigênio e de diluição alcoólica no sangue - já existem protótipos prometendo até mesmo um sexto sentido magnético para os humanos.
Mas nenhuma delas até agora contava com uma característica essencial que permite que nossa pele natural nos dê informações sobre uma gama muito grande de situações: os pelos.
Jian Zhang, do Instituto de Tecnologia de Harbin, na China, supriu essa deficiência construindo uma pele artificial dotada de pelos artificiais, tudo se juntando para oferecer um desempenho inédito.
Zhang usou minúsculos filamentos metálicos de cobalto recobertos por uma substância vítrea para construir os pelos artificiais flexíveis, que foram então incorporados em uma matriz de silicone.
Brisa e pouso de uma mosca
A "pele eletrônica peluda" conseguiu alguns feitos inéditos, detectando uma leve brisa e o pouso de uma mosca, de um lado - para demonstrar sua alta sensibilidade -, e pesos de 5 quilogramas, de outro - para demonstrar sua resiliência.
Quando foi usada para revestir os dois "dedos" de uma garra robótica, a pele eletrônica com pelos conseguiu identificar quando o objeto estava escorregando por entre as garras, assim como as forças de fricção necessárias para reter o objeto.
A equipe afirma que esta nova categoria de peles eletrônicas de alta sensibilidade poderá encontrar usos além da robótica, sobretudo em próteses e implantes médicos.