Com informações da New Scientist - 11/04/2016
Nave inflável
A Estação Espacial Internacional receberá o primeiro módulo adicional desde 2011.
Mas, antes de usar o novo quarto, a tripulação terá que "soprar" para enchê-lo.
Ao contrário do restante da estação, que é composta por gigantescas latas de alumínio, o Módulo Expansível Bigelow (BEAM: Bigelow Expandable Activity Module) é inflável, e foi levado ao espaço dobrado dentro da cápsula de carga da SpaceX, lançada neste fim de semana.
O módulo inflável, desenvolvido pela Bigelow Aerospace, é feito de um tecido macio e dobrável, mas capaz de suportar o ambiente hostil do espaço - a composição exata do material é um segredo guardado a sete chaves.
Ele foi projetado para inflar em órbita, permitindo que módulos sejam lançados por naves pequenas, como a cápsula Dragon da SpaceX - os módulos atuais da Estação Espacial exigiram os grandes compartimentos dos ônibus espaciais.
Hotel espacial
Como a tecnologia ainda está sendo testada, os astronautas não vão ocupar o módulo em tempo integral. Se tudo correr conforme o previsto, o módulo ficará na estação durante dois anos, permitindo confirmar se ele é capaz de resistir aos micrometeoroides que ocasionalmente atingem a Estação Espacial, juntamente com a manutenção da temperatura e de níveis seguros de radiação.
"Na maior parte do tempo o módulo ficará fechado, mas a equipe entrará várias vezes para recolher dados e dar uma olhada. Vai parecer bem espaçoso," diz Joel Montalbano, da NASA.
Se a tecnologia funcionar, a Bigelow espera um dia construir sua própria estação espacial privada. Ela poderia ser um destino de pesquisa para clientes privados ou um hotel espacial para turistas - o fundador da empresa, Robert Bigelow, é dono de uma cadeia de hotéis aqui na Terra.
Foguete pousou no mar
A missão de ressuprimento da Estação Espacial começou com outro êxito importante para a empresa SpaceX e seu foguete Falcon 9.
Depois de várias tentativas frustradas de pousar o primeiro estágio do foguete dentro de uma balsa no mar, desta vez o feito teve êxito. Mesmo com o mar ligeiramente agitado, o foguete pousou de volta com precisão.
A ideia é que o propulsor agora seja revisado e reutilizado em outro lançamento, o que promete baixar o custo das missões.
A Blue Origin, outra empresa contratada pela NASA, também está tendo sucesso em suas iniciativas, já tendo conseguido usar um foguete reutilizável para uma segunda viagem ao espaço.