Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/04/2009
Se depender de um grupo de pesquisadores europeus e asiáticos, os famosos "test-drives" de automóveis logo serão coisa do passado.
Experiência emocional de dirigir
Eles estão desenvolvendo um simulador que pretende ser um ambiente de realidade virtual onde o comprador poderá avaliar integralmente não apenas as funcionalidades, mas também a experiência emocional de dirigir o novo carro.
Segundo eles, as pessoas não compram automóveis olhando apenas o preço ou as funcionalidades; elas passam semanas comparando as características de cada modelo antes de fechar o negócio.
É difícil decidir entre opcionais tão distintos quanto um conjunto de rodas maiores ou bancos de couro. E olhar os catálogos das concessionárias não ajuda muito.
Imersão total no carro
"Dando às pessoas a oportunidade de uma imersão no carro em um ambiente de realidade virtual 3D, elas poderão entender melhor o resultado de cada opção, como o veículo ficará visualmente, podendo fazer a escolha de sua compra com maior segurança," diz o engenheiro Manfred Dangelmaier, coordenador do projeto Cater.
O "configurador de veículos" Cater oferecerá ao cliente todas as opções e variações do carro em alta resolução 3D, com imagens apresentadas em grandes telas ou mesmo em uma caverna de imersão em realidade virtual.
Projeto emocional
Para ajudar os clientes em sua escolha, os pesquisadores desenvolveram uma ferramenta de "projeto emocional": o programa mostra ao usuário imagens de objetos comuns que refletem determinadas emoções abstratas, gostos e sentimentos, conectando esses valores subjetivos com as características do carro.
Por exemplo, se um cliente seleciona a imagem de um óculos de sol, o programa conclui que ele gosta de um carro com um visual mais limpo e moderno, enquanto a seleção de um terno é interpretado como a opção de alguém que procura por opções mais refinadas ou luxuosas.
Realidade virtual de baixo custo
Segundo os pesquisadores, a tecnologia está sendo viabilizada pela diminuição no custo dos equipamentos e pelo desenvolvimento de softwares mais eficientes.
"O hardware é relativamente barato e deverá custar entre 10.000 e 12.000 euros... e o software roda em um PC normal," diz Dangelmaier. "Além disso, ele poderá dispensar os enormes showrooms das concessionárias, já que você precisará apenas de um modelo para que o cliente dirija, e não diversos modelos para mostrar-lhe os diversos acabamentos."