Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/09/2012
3D real
Ela parece estranha e pouco prática a princípio.
Mas o conceito de uma tela seccionada, cujas partes movem-se verdadeiramente para criar uma sensação 3D, tem potencial para vencer essa primeira impressão negativa.
O grande responsável pelo aspecto desajeitado e "mecânico" são as nove telas de cristal líquido, que são planas e rígidas.
Mas é bom não se esquecer que as telas flexíveis já estão a caminho.
Cada uma das pequenas telas pode se mover de forma totalmente independente, inclinando-se para qualquer lado, assim como movendo-se para cima e baixo, o que permite um ajuste que dá profundidade às imagens que cada segmento está mostrando naquele momento.
Tela mecanicamente 3D
Imagine a cena de um avião, ou de um personagem de um game, voando rente ao solo: durante o voo, cada segmento da tela vai-se ajustando automaticamente para mostrar a proximidade dos objetos ou a distância das paisagens que vão surgindo.
Este é o cenário que melhor demonstra as capacidades da tela inclinável.
Embora o protótipo tenha o tamanho de um tablet, uma tela "mecanicamente 3D" de maiores dimensões poderia dar literalmente uma nova dimensão também para outras aplicações.
"Essas oportunidades incluem o trabalho colaborativo, a modelagem de terrenos, vídeos 3D e games tangíveis. Nós podemos imaginar muitos cenários que poderão se beneficiar da 'fisicalidade' oferecida pelas telas inclináveis," disse Sriram Subramanian, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
"Entretanto, vamos precisar ver se os usuários conseguem se relacionar com as novas experiências e tirar vantagens do uso de tal dispositivo," previne o pesquisador.
Interface gestual
Os testes iniciais mostraram que as telas sensíveis ao toque usadas nos tablets não são a melhor opção para controlar um aparelho com uma tela cujos segmentos ainda são distantes uns dos outros.
A melhor forma de interação e controle desse tablet fisicamente 3D foi encontrada nos gestos, feitos com as mãos logo acima da tela.
A tela, que foi desenvolvida em conjunto com pesquisadores da Nokia, estreou ontem durante o evento MobileHCI, em São Francisco, nos Estados Unidos.