Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/09/2012
Energia das estrelas
Existem vários projetos tentando alcançar a fusão nuclear, a energia das estrelas, que supriria para sempre as demandas humanas por eletricidade.
Há pelo menos três projetos gigantescos: o ainda incerto ITER (Reator Termonuclear Experimental Internacional) e o HIPER (Pesquisa de Energia Laser de Alta Potência), na Europa, e o NIF (National Ignition Facility), nos Estados Unidos.
Mas há também projetos menores, correndo por fora na busca pelo desenvolvimento de uma tecnologia que muitos questionam se já existiria toda a ciência pronta para embasá-la.
O fato é que a última boa surpresa na área veio de um desses participantes mais modestos, do experimento MagLIF (Magnetized Liner Inertial Fusion), localizado nos laboratórios Sandia, nos Estados Unidos - embora "modesto" seja um termo não muito adequado para experimentos que tentam criar a fusão nuclear.
O MagLIF usará um laser para pré-aquecer o combustível magnetizado, e depois tentará obter a fusão nuclear implodindo o cilindro metálico contendo o combustível com um pulso de energia.
A implosão desse tanque de combustível vai gerar uma compressão que deverá fundir os núcleos de deutério e o trício em seu interior - essa será a fusão nuclear.
Disparo da fusão nuclear
O grande desafio no momento é atingir o chamado "ponto de equilíbrio", um estágio fundamental no qual o processo passa a produzir mais energia do que a energia necessária para acionar a fusão nuclear.
Os pesquisadores do MagLIF completaram o primeiro de três passos considerados essenciais para isso.
Eles construíram o cilindro - o "liner" no nome do experimento - que irá acondicionar o combustível da fusão nuclear, e verificaram experimentalmente que ele funciona exatamente como previsto, não se deformando e mantendo a temperatura necessária para que a fusão se inicie.
Os testes do demais componentes do sistema - o pré-aquecimento do combustível com um laser e a criação do "escudo magnético" que envolverá todo o conjunto - continuarão ao longo deste ano, e a equipe planeja dar o primeiro disparo real para a fusão nuclear em 2013.
Para conhecer todos os participantes nessa corrida pela fusão nuclear, veja a reportagem: