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SEPIA começa a procurar água pelo espaço

Com informações do ESO - 15/12/2015

SEPIA começa a procurar água pelo espaço
Este diagrama mostra uma vista tridimensional do SEPIA. As áreas cinzentas escuras e vermelhas mostram a radiação passando através dos espelhos de diferentes tamanhos e orientações que dirigem a luz da antena do telescópio até o detector. A parte direita do diagrama mostra o SHFI, outro instrumento montado no APEX.
[Imagem: ESO/Onsala Space Observatory/I. Lapkin]

Cor da água

Um novo instrumento está abrindo uma janela anteriormente inexplorada na observação do Universo.

O receptor SEPIA (Swedish-ESO PI for the APEX) detectará os fracos sinais de água e outras moléculas na Via Láctea, noutras galáxias próximas e no Universo primordial.

Ele foi montado no telescópio APEX (Atacama Pathfinder Experiment), de 12 metros, instalado 5000 metros acima do nível do mar nos Andes chilenos,

A sépia é uma cor associada à água. O seu tom vermelho-acastanhado, característico do pigmento que é coletado dos moluscos do gênero Sepia (encontrado nas águas da Suécia e do Chile), tem sido usado deste a antiguidade e o tom sépia é uma maneira bem conhecida de dar uma vida duradoura às impressões fotográficas.

Água no espaço

O instrumento SEPIA é sensível à radiação com comprimentos de onda entre 1,4 e 1,9 milímetros - frequências entre 158 e 211 GHz -, a faixa usada para observar a água.

Embora esta radiação seja normalmente bloqueada pelo vapor de água na atmosfera quando observada a partir da maior parte da superfície da Terra, as condições de observação do planalto do Chajnantor, no norte do Chile, que é extremamente seco, permitirão que o SEPIA detecte os fracos sinais que vêm do espaço.

A água é um importante indicador de muitos processos astrofísicos, incluindo a formação de estrelas e o surgimento de formas de vida como a nossa.

Espera-se que, ao estudar a água no espaço - em nuvens moleculares, em regiões de formação estelar e até em cometas do Sistema Solar - sejam obtidas pistas cruciais do seu papel na Via Láctea e na história dos planetas.

Adicionalmente, a sensibilidade do SEPIA o torna um instrumento adequado para detectar monóxido de carbono e carbono ionizado em galáxias do Universo primordial.

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