Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/03/2008
Engenheiros da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, vão gastar US$10 milhões para desenvolver um morcego-robô capaz de voar em ambientes urbanos, filmando, tirando fotos e utilizando delicados sensores para captar diversos tipos de informação sobre o ambiente.
O robô-morcego deverá medir cerca de 15 centímetros e sua construção exigirá o avanço de várias tecnologias, algumas delas hoje apenas no campo conceitual.
Ecolocalização em um chip
O principal desafio para a viabilização desse robô biomimético não é sua parte "aeronáutica", mas a microeletrônica embarcada. Classificado na área do microveículos aéreos, o morcego-robô exigirá que os sensores e sistemas de controle sejam miniaturizados em um nível não disponível hoje.
O principal deles é o radar, que deverá imitar o sistema de ecolocalização dos morcegos e a forma como eles se guiam e conseguem voar à noite. Outro elemento essencial são as baterias, que deverão ser recarregadas continuamente a partir da energia solar, do movimento do ar à medida em que o robô voar e até de vibrações sonoras.
Conceitos promissores
"São todos conceitos, e muitos deles são a próxima geração de dispositivos que nós já desenvolvemos. Nós estamos tentando avançar o limite das nossas tecnologias para atingir funcionalidades que não eram possíveis antes," explica Kamal Sarabandi, que vai coordenar a construção do morcego-robô.
Os pesquisadores esperam que seu sistema de navegação autônoma seja 1.000 vezes menor e mais eficiente em termos de consumo de energia do que os existentes hoje. Nos sistemas de comunicação eles se contentarão com algo em torno de 10 vezes menor e melhor do que os atuais.
Células solares de pontos quânticos
Outra área na qual os engenheiros esperam fazer grandes avanços é na construção de células solares de pontos quânticos, um campo de pesquisas em ascensão, que promete captar a energia do sol com uma eficiência duas vezes superior às atuais.