Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/10/2019
Relógio flexível
Imagine um corredor que não precise carregar um cronômetro ou celular para verificar seu tempo: Basta olhar para um brilhante cronômetro no seu pulso ou nas costas de sua mão.
Essas interfaces homem-máquina não são mais ficção científica, mas ainda têm um caminho a percorrer antes de se tornarem produtos que se possa comprar nas lojas.
Uma larga porção dessa jornada agora foi percorrida com o desenvolvimento de um dispositivo emissor de luz flexível e que pode ser esticado que opera em baixas tensões, o que o torna seguro para ser colado sobre a pele humana.
Recentemente, cientistas desenvolveram dispositivos de emissão de luz extensíveis, chamados monitores eletroluminescentes de corrente alternada, que podem ficar presos na pele ou em outras superfícies, como uma tatuagem temporária. No entanto, esses monitores requerem tensões relativamente altas para obter brilho suficiente, o que pode criar preocupações de segurança.
Agora, Desheng Kong e seus colegas da Universidade de Nanjing, na China, desenvolveram um emissor eletroluminescente que opera em tensões mais baixas e, portanto, é mais seguro para a pele humana.
Relógio na pele
O dispositivo consiste em um sanduíche com uma camada eletroluminescente, feita de micropartículas emissoras de luz dispersas em um material dielétrico elástico, entre dois eletrodos flexíveis de nanofios de prata.
O novo material dielétrico, na forma de nanopartículas de cerâmica embebidas em um tipo de borracha, foi o responsável pelo aumento do brilho, em comparação com as telas similares fabricadas até agora. A tela elástica mostrou-se suficientemente brilhante para ser vista sob iluminação interna, mas precisa melhorar um pouco para quem gosta de correr ao sol.
A equipe usou esse material para construir um cronômetro de quatro dígitos, que foi montado na mão de um voluntário para os primeiros testes.
Além das tatuagens eletrônicas, esta versão poderá encontrar outras aplicações em tecnologias de vestir inteligentes, robótica leve e interfaces homem-máquina, diz a equipe.