Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/10/2015
Azul para viajantes espaciais
"Quem esperaria um céu azul na Cintura de Kuiper [região onde se localiza Plutão]? É magnífico."
Assim se expressou Alan Stern, chefe da missão New Horizons, da NASA, que fez as primeiras imagens do planeta-anão no último mês de Julho e que agora está enviando seus dados aos poucos.
Esta imagem foi feita depois que a sonda passou por Plutão, virou-se, e então fotografou o planeta anão contra a luz do Sol, o que está permitindo analisar sua atmosfera.
As partículas que compõem as camadas de neblina de Plutão são, em si, cinzentas e vermelhas, mas a forma como espalham luz azul surpreendeu a todos.
O brilho azulado é muito suave - alguém que estivesse na superfície de Plutão veria um céu negro. Mas, à distância, olhando tangencialmente, a concentração é suficiente para denunciar o brilho levemente azulado.
"Um céu azul resulta frequentemente da dispersão da luz solar por parte de pequeníssimas partículas," explicou Carly Howett, outro cientista da missão.
Na Terra, o papel é desempenho pelas moléculas de nitrogênio. Em Plutão, parecem ser partículas maiores, mais parecidas com partículas de fuligem, chamadas de tolinas.
Água em Plutão
A sonda New Horizons também detectou também pequenas regiões de água gelada em Plutão.
"Grandes extensões de Plutão não mostram água congelada exposta diretamente na superfície", disse Jason Cook, referindo-se às regiões de aparência árida vista em todas as demais imagens.
Segundo ele, isto acontece "aparentemente porque ela está mascarada por outros tipos de gelo mais voláteis ao longo da maior parte do planeta. Entender por que a água aparece exatamente nesses pontos e por que ela não aparece em outros lugares é um desafio que estamos tentando desvendar."