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Descoberto planeta com a densidade de marshmallow

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/10/2022

Planeta com densidade de marshmallow
Os astrônomos têm duas hipóteses para explicar um planeta de densidade tão baixa.
[Imagem: NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva/Spaceengine/M. Zamani]

Planeta marshmallow

Astrônomos descobriram um exoplaneta gasoso, semelhante a Júpiter, só que com a menor densidade já vista em um planeta circundando uma estrela anã vermelha.

Estima-se que o planeta, chamado TOI-3757b, tenha uma densidade média semelhante à de um marshmallow.

Ele está localizado a aproximadamente 580 anos-luz da Terra, na constelação do Cocheiro.

As estrelas anãs vermelhas são os membros menores e mais fracos das chamadas estrelas da sequência principal - estrelas que convertem hidrogênio em hélio em seus núcleos a uma taxa constante.

Embora "frias" em comparação com estrelas como o nosso Sol, as anãs vermelhas podem ser extremamente ativas e emitir poderosas erupções, capazes de retirar um planeta de sua atmosfera, tornando este sistema estelar um local aparentemente inóspito para formar um planeta tão fofo.

Assim, ainda é um mistério como o TOI-3757b, um planeta gigante gasoso, pode ter-se formado em torno de uma estrela anã vermelha e, mais ainda, como pode ser um planeta de densidade tão baixa.

Mas os astrônomos já têm uma hipótese para explicar isso.

Eles propõem que a densidade extra baixa do TOI-3757b pode ser o resultado de dois fatores. O primeiro diz respeito ao núcleo rochoso do planeta - acredita-se que os gigantes gasosos comecem como núcleos rochosos maciços, com cerca de dez vezes a massa da Terra, quando rapidamente puxam grandes quantidades de gás do seu entorno, dando origem aos gigantes gasosos que vemos hoje.

Como a estrela do TOI-3757b tem uma menor abundância de elementos pesados, em comparação com outras anãs com gigantes gasosos, isso pode ter feito com que o núcleo rochoso se formasse mais lentamente, atrasando o início da acreção de gás e, portanto, afetando a densidade geral do planeta.

O segundo fator pode ser a órbita do planeta, que os primeiros dados indicam ser ligeiramente elíptica. Assim, há momentos em que ele se aproxima mais da sua estrela, resultando em um aquecimento excessivo substancial, que pode fazer com que a atmosfera do planeta inche.

Bibliografia:

Artigo: TOI-3757 b: A Low-density Gas Giant Orbiting a Solar-metallicity M Dwarf
Autores: Shubham Kanodia, Jessica Libby-Roberts, Caleb I. Cañas, Joe P. Ninan, Suvrath Mahadevan, Gudmundur Stefansson, Andrea S. J. Lin, Sinclaire Jones, Andrew Monson, Brock A. Parker, Henry A. Kobulnicky, Tera N. Swaby, Luke Powers, Corey Beard, Chad F. Bender, Cullen H. Blake, William D. Cochran, Jiayin Dong, Scott A. Diddams, Connor Fredrick, Arvind F. Gupta, Samuel Halverson, Fred Hearty, Sarah E. Logsdon, Andrew J. Metcalf, Michael W. McElwain, Caroline Morley, Jayadev Rajagopal, Lawrence W. Ramsey, Paul Robertson, Arpita Roy, Christian Schwab, Ryan C. Terrien, John Wisniewski, Jason T. Wright
Revista: The Astrophysical Journal
Vol.: 164, 81
DOI: 10.3847/1538-3881/ac7c20
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