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Pilares da Criação vistos sob nova luz pelo Webb

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/10/2022

Telescópio James Webb fotografa Pilares da Criação
Estes são os Pilares da Criação, vistos na luz infravermelha pelo Webb.
[Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI;Joseph DePasquale/Anton M. Koekemoer/Alyssa Pagan.]

Pilares da criação em infravermelho

O telescópio espacial James Webb fez sua primeira foto dos icônicos Pilares da Criação, uma região de formação de estrelas que ficou famosa em uma foto feita pelo telescópio espacial Hubble em 1995.

O próprio Hubble voltou a observar a região, em 2014, quando já contava com uma atualização tecnológica de suas câmeras.

Mas muitos outros observatórios vêm olhando profundamente para esta região de formação de estrelas - daí o seu nome -, localizada na Nebulosa da Águia, a 6.500 anos-luz da Terra.

A diferença é que o Webb não enxerga em luz visível, mas em infravermelho, o que lhe permite enxergar através das densas colunas de poeira - os Pilares - que escondem berços de estrelas nascentes.

As estrelas recém-nascidas são os pontos vermelhos brilhantes, aparecendo principalmente fora dos pilares de poeira. Quando poeira e gás com massa suficiente se contorcem dentro dos pilares, esses fluxos podem colapsar por sua própria gravidade, aquecendo-se lentamente, a ponto de, ao longo de milhões de anos, eventualmente formar novas estrelas.

As ondulações, que lembram a lava escorrendo de um vulcão, vistas nas bordas de alguns pilares, são ejeções das estrelas ainda em formação nesses contorcionismos dos fluxos de poeira e gás. Estrelas jovens periodicamente disparam jatos supersônicos, que colidem com as nuvens de material que restou do seu disco de formação, criando ondas que lembram as que um barco faz conforme se move pela água.

Telescópio James Webb fotografa Pilares da Criação
Comparação entre os Pilares da Criação vistos pelo Hubble (esquerda) e agora pelo Webb (direita).
[Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI;Joseph DePasquale/Anton M. Koekemoer/Alyssa Pagan.]

Translucência e opacidade

A imagem em infravermelho mostra que os Pilares são muito mais permeáveis do que dá a impressão na imagem de luz visível, onde eles se parecem mais com colunas rochosas.

Na verdade, essas colunas são compostas de gás interestelar frio e poeira, com porções que parecem semitransparentes na luz infravermelha.

O que a imagem do Webb revela atrás dessas porções semitransparentes ajudará os astrônomos a reformular seus modelos de formação de estrelas, identificando contagens muito mais precisas das estrelas recém-formadas, juntamente com as quantidades de gás e poeira em cada berçário.

Apesar da incrível capacidade do Webb, que consegue ver galáxias tão distantes que nunca haviam sido observadas, ele não foi capaz de "perfurar" totalmente as nuvens para revelar corpos celestes muito além dos pilares. De fato, tudo o que aparece na imagem são estrelas - não há galáxias nesta imagem. Isso porque uma mistura de gás translúcido e poeira, conhecida como meio interestelar, na parte mais densa do disco da Via Láctea, bloqueia nossa visão do universo mais profundo.

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