Com informações da Agência Brasil - 14/09/2023
Gerador eólico brasileiro
A Petrobras anunciou uma parceria com a também brasileira WEG, fabricante de equipamentos eletroeletrônicos, para o desenvolvimento de um aerogerador de energia eólica.
Segundo a Petrobras, o aerogerador para uso em terra terá capacidade de 7 megawatts (MW) e será o primeiro desse porte a ser fabricado no Brasil.
O aerogerador terá 220 metros de altura do solo até a ponta da pá, o que equivale a seis estátuas do Cristo Redentor. A estrutura pesará 1.830 toneladas, o que equivale ao peso de 1.660 carros populares.
Com um investimento de R$ 130 milhões, o acordo prevê o desenvolvimento das tecnologias para a fabricação dos componentes e a construção e testes de um protótipo. A WEG prevê que o equipamento poderá ser produzido em série a partir de 2025.
"A parceria com a WEG prevê o desenvolvimento do maior aerogerador do país, com capacidade de 7 MW, suficiente para abastecer, sozinho, uma cidade de 16.880 habitantes," disse Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
Em maio deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 59 milhões para o desenvolvimento de um novo aerogerador pela WEG. A nacionalização possibilitará a redução dos investimentos para a instalação de novos parques eólicos no país.
Aerogeradores para uso marítimo
A Petrobras também anunciou o pedido de licenciamento ambiental para dez áreas marítimas, onde poderão ser instaladas estruturas de energia eólica marítimas, flutuantes ou ancoradas. O pedido foi protocolado junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Com isso, a Petrobras passará a ser a empresa com maior potencial de geração de energia eólica em alto mar no Brasil. "A Petrobras assume hoje o papel de maior desenvolvedora de projetos de energia eólica do Brasil," afirmou o presidente da empresa.
Essas dez áreas marítimas teriam capacidade total de 23 GW (gigawatts) e estão localizadas na região Nordeste, Sudeste e Sul - três áreas no Rio Grande do Norte, três no Ceará, além de áreas no Maranhão, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
A área escolhida no estado do Rio de Janeiro apresenta um diferencial entre as demais porque é a única posicionada em profundidade d’água maior que 100 metros, na qual não será possível utilizar fundações fixas, cravadas diretamente no solo marinho. Para esse caso, as instalações terão que ser flutuantes, tecnologia que vem sendo desenvolvida pela companhia em parceria com a Universidade de São Paulo (USP).