Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/01/2013
Solução hidrodinâmica
Há alguns anos, um grupo da roboticistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, vem tentando desenvolver robôs subaquáticos que possam monitorar a qualidade da água por longos períodos.
Para isso, uma das principais exigências é que esses peixes robóticos sejam capazes de navegar de forma eficiente, sem gastar muita energia, preservando suas baterias.
Na contramão dos experimentos biomiméticos, que procuram imitar as soluções da natureza, a equipe do Dr. Xiaobo Tan concluiu que é melhor transformar seu robô-peixe em algo como um robô-avião-mergulhador.
A solução aerodinâmica virou uma solução hidrodinâmica, resultando em um robô que pode deslizar suavemente, "planando" pelas águas por longos períodos, de forma totalmente passiva.
"Nadar exige o movimento contínuo da cauda, o que significa que a bateria está sendo constantemente drenada, e tipicamente não vai durar mais do que umas poucas horas," justifica o pesquisador.
Mergulho planado
Como o monitoramento aquático e outras observações científicas do meio submarino não exigem muita pressa, a equipe adicionou à velocidade da natação a suavidade do "mergulho planado".
"Nós integramos os dois modos de locomoção no nosso robô - nadar e deslizar. Essa integração permite que o robô se adapte a diferentes ambientes, das correntes velozes à profundeza das represas, da calma de um lago à correnteza de um rio," disse o pesquisador.
A capacidade de planeio subaquático foi obtida instalando uma bomba que enche e esvazia dois reservatórios no interior do robô, dependendo se os cientistas querem que ele mergulhe ou vá para a superfície.
O robô subaquático com jeito de avião ficou 10 vezes menor e mais leve do que os robôs subaquáticos utilizados hoje no monitoramento ambiental e nas pesquisas marinhas.