Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/10/2016
Tela colorida passiva
Este novo papel eletrônico tem menos de um micrômetro de espessura, é totalmente flexível e fornece toda a gama de cores oferecida pelos LEDs - tudo isso gastando 10 vezes menos energia do que a tela de um leitor eletrônico atual, como o Kindle ou o Kobo - que são monocromáticos.
Kunli Xiong, da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, descobriu uma combinação de materiais quase perfeita para criar telas eletrônicas finas e flexíveis quando tentava fabricar um metamaterial fotônico cobrindo nanoestruturas metálicas com plásticos condutores de eletricidade.
São essas nanoestruturas que refletem a luz de forma controlável. Ou seja, o papel eletrônico não emite luz como uma tela normal, ele apenas reflete a luz que o ilumina.
"Por isso, ele funciona muito bem onde há luz brilhante, como sob o Sol, ao contrário das telas tradicionais de LED, que funcionam melhor no escuro. Ao mesmo tempo, ele precisa de apenas um décimo da energia que um tablet Kindle usa, que já consome muito menos energia do que uma tela normal de LED," explicou o professor Andreas Dahlin.
Trabalho de engenharia
A equipe construiu e testou pequenas telas com o novo papel eletrônico, comprovando seu funcionamento e sua eficiência.
"Nós estamos trabalhando em um nível fundamental, mas, mesmo assim, o passo para a fabricação de um produto a partir dele não deve estar muito longe. O que precisamos agora são engenheiros," disse Dahlin.
O grande trabalho dos engenheiros será tentar baixar o custo de produção do papel eletrônico colorido, já que sua alta eficiência, com uma gama enorme de cores, exigiu o uso de algumas nanoestruturas de ouro e prata, o que encareceria um produto final.
Mas mesmo uma versão com uma eficiência menor poderia mudar o campo dos outdoors e grandes painéis eletrônicos para entretenimento.