Com agências - 08/10/2013
Os cientistas François Englert, belga, de 81 anos, e Peter W. Higgs, britânico, de 84, são os vencedores do Prêmio Nobel de Física 2013.
Eles foram escolhidos por elaborarem a teoria que explicaria como as partículas adquirem massa.
Consideradas individualmente, nenhuma partícula descrita pelo Modelo Padrão da Física de Partículas, que descreve como o mundo é construído, parece ter massa.
Assim, de certa forma é o bóson de Higgs que explicaria a materialidade de tudo o que conhecemos, sem o que todas as "partículas" seriam o que se convencionou chamar de "energia".
Em 1964, Englert e Higgs propuseram, de forma independente, a hipótese de que haveria uma partícula - de um tipo chamado bóson - que explicaria como as demais partículas ganham massa.
Ela logo ganhou o apelido de partícula-Deus, ou partícula de Deus, dado pelo físico norte-americano Leon Lederman: "Se Deus fez a luz, o bóson de Higgs deu-lhe materialidade," disse ele.
Em 2012, a teoria do bóson de Higgs foi parcialmente confirmada por experimentos realizados no LHC (Grande Colisor de Hádrons), que mostrou uma partícula que foi caracterizada como sendo "tipo Higgs".
A interpretação do comitê que concede o Prêmio Nobel, contudo, é mais conclusiva. Segundo a entidade, o prêmio foi concedido a Englert e Higgs "pela descoberta teórica de um mecanismo que contribui para a nossa compreensão da origem da massa das partículas subatômicas, e que recentemente foi confirmada pela descoberta da partícula fundamental prevista pelos experimentos Atlas e CMS no LHC".