Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/01/2013
Viagem não-tripulada à Lua
A nave espacial Órion, a primeira nave da NASA em mais de 20 anos, será fortemente baseada no cargueiro espacial europeu ATV.
A ESA (Agência Espacial Europeia) já lançou três ATVs (Veículo de Transferência Automatizado na sigla em inglês), naves não-tripuladas destinadas a abastecer a Estação Espacial Internacional.
Agora, a ESA e a NASA anunciaram uma colaboração para a construção da nave espacial Órion, que pretende levar astronautas além da órbita da Terra por volta de 2017.
Pelo acordo, a Órion usará todo o chamado módulo de serviço dos ATVs, o que inclui propulsão, fornecimento de energia e controle térmico, além de funções como fornecer água e ar aos astronautas no habitáculo da nave.
Para Thomas Reiter, diretor de Voos Tripulados e Operações da ESA, "a decisão da NASA de cooperar com a ESA no seu programa de exploração, num elemento crítico para a missão, é um sinal forte de confiança nas capacidades da ESA e, para a ESA é uma importante contribuição para a exploração humana do espaço."
A primeira missão da nave Órion será uma viagem não-tripulada à Lua, em 2017, com regresso à atmosfera terrestre a uma velocidade de 11 km/s - a reentrada mais rápida já feita.
Cargueiro multifunção
O quarto da série, o ATV Albert Einstein, está sendo preparado para o lançamento na base de Kourou, na Guiana Francesa.
O módulo desempenha muitas funções durante uma missão à Estação Espacial Internacional, por exemplo, reposicionando a Estação, que desce lenta, mas continuamente em direção à Terra, e desviar o complexo orbital da rota de lixo espacial.
Enquanto está ligado à Estação, o ATV torna-se num módulo extra para os astronautas. Ao fim de cada missão, o veículo traz de volta o lixo da Estação e queima-se na reentrada na atmosfera.
Já a Órion, anunciada como sendo uma espaçonave para o espaço profundo, é também chamada de Veículo Tripulado de Múltiplos Propósitos (MPCV: Multi-Purpose Crew Vehicle), uma vez que está sendo projetada para diversas "missões mais longas", segundo a NASA, de até 21 dias de duração.
O MPCV é o que restou do Projeto Constelação, que deveria substituir os ônibus espaciais, mas foi cancelado antes de decolar.