Com informações da Agência Brasil - 28/03/2016
Queda prevista
O nanossatélite brasileiro Serpens deverá reentrar na atmosfera terrestre a qualquer momento.
Ele foi lançado ao espaço no dia 17 de dezembro de 2015 a partir da Estação Espacial Internacional e completou com sucesso a sua missão.
Desenvolvido por um consórcio acadêmico coordenado pela professora Chantal Cappelletti, da Universidade de Brasília (UnB), o equipamento foi desenvolvido para coletar, armazenar e retransmitir dados ambientais usando bandas de frequência de radioamadorismo.
O projeto, apoiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), teve como propósito a capacitação de estudantes de cursos de engenharia aeroespacial no Brasil.
"O Serpens vem cumprindo seus objetivos, que começaram com a concepção da missão, os estudos de viabilidade, projeto dos sistemas, construção, testes, lançamento e operação," afirmou Gabriel Figueiró, da AEB.
Serpens 2
Construído em 18 meses, o nanossatélite - ou cubesat - fez coleta de dados ambientais em diversas partes da Terra, dando uma volta ao redor do planeta a cada 90 minutos.
Desde o começo da missão, o satélite forneceu mais de 150 mil pacotes de telemetria e mais de 700 acessos de comunicação.
Os sinais foram captados por vários radioamadores do Brasil e do mundo, sendo a maior parte das operações em órbita coordenadas pela estação de solo da Universidade de Vigo, na Espanha, parceira internacional do projeto.
Sem motores, o nanossatélite Serpens foi lentamente perdendo altitude, e deverá queimar-se na reentrada na atmosfera terrestre nos próximos dias.
Para continuidade do projeto de formação, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) já está nomeada como responsável pelo desenvolvimento do Serpens 2.