Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/05/2015
Nanolaser
Engenheiros da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, construíram o primeiro nanolaser líquido.
E o nanolaser é ajustável em tempo real, o que significa que é possível gerar diferentes cores a partir do mesmo dispositivo.
Os nanolasers - os de estado sólido - são as estrelas das novas tecnologias da computação feita com luz, em vez de eletricidade.
Já um nanolaser de estado líquido, também conhecido como laser aleatório, deverá fazer a diferença no interior de outro tipo de chip, os biochips, ou microlaboratórios, onde a luz é utilizada para analisar amostras biológicas e realizar exames médicos.
A possibilidade de variar rapidamente a cor do laser permitirá a realização de sequências de análises, visando diferentes características das amostras.
Além disso, o nanolaser líquido funciona a temperatura ambiente, é simples e deverá ser fabricado a um custo muito baixo.
Laser líquido
A cavidade que gera a luz laser é constituída por uma matriz de nanopartículas de ouro, onde a luz é concentrada em torno de cada nanopartícula e, em seguida, amplificada - os lasers convencionais usam espelhos para que a luz fique "presa", quando então ela é amplificada.
O "meio de ganho" do nanolaser líquido - responsável pela amplificação da luz - é um corante líquido, cuja alteração permite a variação da cor da luz laser emitida, não sendo necessário mexer com as nanopartículas.
Tecnicamente, trata-se de um laser de plásmons de superfície, ondas que "flutuam" na superfície de um metal - nesse caso, das nanopartículas de ouro.
Embora já existam lasers plasmônicos capazes de emitir luz em largas faixas espectrais, do ultravioleta ao infravermelho próximo, esta é a primeira vez que a emissão pode ser controlada em tempo real.