Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/03/2017
Tecidos atuadores
Em mais um feito em uma recente onda de inovações no campo dos músculos artificiais, engenheiros suecos desenvolveram uma técnica para recobrir as fibras de um tecido normal com um material eletroativo, que se distende e se contrai acionado por uma corrente elétrica.
Desta forma, torna-se possível construir roupas e acessórios que se comportem como fibras musculares, provendo força adicional para pessoas com dificuldades de movimento.
É uma abordagem mais simples, mais leve e mais cômoda do que os tradicionais exoesqueletos, normalmente construídos com atuadores rígidos.
"Tem havido avanços enormes e impressionantes no desenvolvimento dos exoesqueletos, que agora permitem às pessoas com deficiência andar novamente. Mas a tecnologia atual se parece com ternos robóticos rígidos. O nosso sonho é criar exoesqueletos semelhantes aos itens normais de vestuário, que você possa usar sob suas roupas normais. Esse dispositivo poderia facilitar a circulação de pessoas idosas e portadoras de deficiência de mobilidade," disse o professor Edwin Jager, da Universidade de Linkoping.
Músculos têxteis
A equipe desenvolveu seus "músculos têxteis" a partir de fibras de celulose, que foram recobertas sequencialmente por um polímero, um material eletroativo, conhecido como polipirrol, e uma camada externa de proteção aplicada por deposição a vapor.
Uma tensão de apenas 0,5 volt faz com que o material mude de volume, esticando as fibras. As propriedades do músculo artificial completo, já tecido, dependem da trama e da técnica de tecelagem, que podem variar de acordo com a aplicação.
"Ao tecer o tecido, podemos projetá-lo para produzir uma força elevada, por exemplo. Neste caso, a extensão do tecido é a mesma que a dos fios individuais. Mas o que acontece é que a força gerada é muito maior quando os fios são conectados em paralelo no tecido. Isto é semelhante aos nossos músculos. Alternativamente, podemos usar uma estrutura tricotada extremamente esticável para aumentar a eficácia de esticamento," disse Nils Persson, da Universidade Boras.