Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/09/2014
Emissor multicor
Para construir um chip que use luz em vez de eletricidade - muito mais rápido e consumindo muito menos energia - são necessários três componentes básicos: emissores de luz, detectores de luz e moduladores.
Dos três, os emissores de luz são os mais difíceis de fabricar.
Embora já existam emissores de luz à base de silício e processos para interligação óptica de chips compatíveis com o padrão da indústria, esses componentes fotônicos têm geometrias tridimensionais e dependem de alguns materiais raros, o que os encarece.
A solução está vindo por meio da molibdenita, mais especificamente do dissulfeto de molibdênio, um material que, além de ter gerado o semicondutor mais fino possível, está abrindo rapidamente o caminho para uma era pós-silício.
Shengxi Huang e seus colegas do MIT fabricaram fotoemissores de molibdenita, com apenas duas camadas atômicas de espessura, capazes de emitir diversas frequências, ou cores.
Isto é essencial para os chips optoeletrônicos porque dados diferentes precisam ser codificados em cores diferentes.
Os fotoemissores foram construídos depositando duas camadas de molibdenita sobre uma base de silício - girando a camada superior é possível ajustar a cor da luz emitida.
Já se sabia que camadas individuais de molibdenita são boas para emitir luz de frequência definida - por isso elas estão sendo usadas na fabricação de LEDs - mas acreditava-se que camadas superpostas atrapalhariam o processo.
De fato, a sobreposição diminuiu um pouco a intensidade da luz emitida, mas não o bastante para interferir em sua aplicação prática nos chips optoeletrônicos - e a intensidade da luz ainda é significativamente mais intensa do que a produzida por todas as tecnologias rivais.