Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/04/2012
Consumo de energia dos data-centers
Colocar todos os seus arquivos na nuvem pode parecer razoável do ponto de vista da comodidade, da possibilidade de acesso de qualquer lugar ou mesmo da segurança.
Mas a questão se torna mais complicada quando o assunto é consumo de energia.
Quando seus dados estão no seu computador pessoal, você o liga sempre que precisa dos seus dados. Isto significa que ele permanecerá desligado na maior parte das 24 horas do dia - embora em menor medida, isto vale também para os dados "lá do escritório".
A nuvem da computação, por outro lado, promete disponibilidade 24 horas de acesso, 7 dias por semana. E isto significa que, em algum lugar do planeta, um computador estará continuamente ligado para dar-lhe a possibilidade de acessar seus dados, ainda que isso só ocorra eventualmente ao longo do dia.
A conta de energia fica cara mesmo quando se leva em conta que um só computador estará sendo compartilhado por usuários de todo o mundo: segundo os últimos cálculos da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, os centros de dados ao redor do mundo já consomem 100 bilhões de kilowatts por ano.
Assim, qualquer medida que venha diminuir mesmo uma fração de ponto percentual dessa conta pode significar algo como uma usina de geração de energia a menos.
Memória híbrida de baixo consumo
Bruce Childers e seus colegas da Universidade de Pittsburgh estão prometendo mais do que isso.
Eles descobriram uma forma de criar uma memória híbrida com uma velocidade intermediária entre as memórias flash e as memórias DRAM, mas que consome uma fração da energia consumida hoje.
A equipe combinou uma DRAM, para garantir um tempo de acesso compatível com a exigência da maioria dos programas, com uma memória chamada PRAM, ou PCM (phase-change memory - memórias de mudança de fase),
Como a tecnologia PCM nativa é não-volátil, ou seja, os dados não são perdidos quando o computador é desligado, o gasto de energia para gravação e acesso aos dados é radicalmente reduzido.
As memórias PCM têm sido apontadas como uma tecnologia muito promissora, mas ainda enfrentam alguns desafios tecnológicos para sua viabilização comercial.
"Nosso trabalho também otimizou o tempo de vida das memórias PCM, permitindo que essa tecnologia dure o bastante para vários anos de uso nas condições típicas de um data center, algo que não era possível até agora," disse Childers.
O pesquisador afirmou que já está "trabalhando com um líder da indústria" para desenvolver o primeiro protótipo operacional, mas não divulgou o nome da empresa.