Com informações da Agência Brasil - 10/01/2011
As lâmpadas incandescentes comuns serão retiradas do mercado brasileiro paulatinamente até 2016.
Uma portaria interministerial - envolvendo os ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio - foi publicada no Diário Oficial da União.
A finalidade é que elas sejam substituídas por versões mais econômicas.
Fim das incandescentes
Segundo a portaria, fazem parte da regulamentação as lâmpadas incandescentes de uso geral, exceto as incandescentes com potência igual ou inferior a 40 Watts (W); incandescentes específicas para estufas - de secagem e de pintura - equipamentos hospitalares e outros; e incandescentes refletoras/defletoras ou espelhadas, entre outras.
Técnicos do governo estimam que a medida, aliada a outra portaria que trata do Programa de Metas das Lâmpadas Fluorescentes Compactas, trará ao país uma economia escalonada até 2030 de cerca de 10 terawatts-hora (TWh/ano).
Isto equivale a mais do que o dobro conseguido com o Selo Procel, utilizado atualmente.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida é fruto de um longo processo de negociação com setores da sociedade, por meio de consulta pública via internet e de audiência pública.
Banimento
De 30 de junho de 2012 até 30 de junho de 2016 - a não ser que surja uma nova tecnologia que permita às lâmpadas incandescentes se tornarem mais eficientes - esse tipo de produto será banido do mercado, segundo técnicos do Ministério de Minas e Energia.
No mercado brasileiro existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes etiquetadas, de quatro fabricantes diferentes.
Estima-se que a lâmpada incandescente seja responsável por aproximadamente 80% da iluminação residencial no Brasil.
O mercado brasileiro consome atualmente cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes e 100 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas.
Posição oficial
De acordo com o ministério de Minas e Energia, as tecnologias que envolvem os sistemas de iluminação se desenvolveram rapidamente, nos últimos anos, disponibilizando equipamentos com mais eficiência e durabilidade.
Paradoxalmente, aumentou também a preocupação com a escassez de energia e a busca de soluções que contemplem a boa iluminação conjugada a equipamentos mais eficientes e formas inteligentes de utilização.
Diante disso, a tecnologia utilizada nas lâmpadas incandescentes se tornou obsoleta. Tecnologias já consolidadas, como as lâmpadas fluorescentes compactas, podem fornecer quantidade maior de luz com um custo energético muito inferior à tecnologia incandescente, segundo os técnicos do governo.
Veja as pesquisas mais recentes envolvendo as lâmpadas incandescentes: