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Veja a imagem mais nítida da estrela mais massiva que se conhece

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/08/2022

Imagem mais nítida da estrela mais massiva que se conhece
Esta nova imagem desafia nossa compreensão das estrelas mais massivas e sugere que elas podem não ser tão massivas quanto se pensava anteriormente.
[Imagem: Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA]

Estrela mais massiva que se conhece

Levando ao extremo as capacidades do telescópio Gemini Sul, instalado no Chile, astrônomos captaram a imagem mais nítida já feita da estrela R136a1, a estrela mais massiva conhecida no Universo.

E, embora a imagem só impressione quando ela é comparada com as imagens feitas anteriormente, ela trouxe surpresas, indicando que as estrelas mais massivas podem não ser tão massivas quanto se pensava anteriormente.

Ainda há muito a se aprender sobre como se formam as estrelas mais massivas - aquelas com mais de 100 vezes a massa do Sol. Uma peça particularmente problemática desse quebra-cabeça está na obtenção de imagens dessas gigantes, que normalmente habitam regiões densamente povoadas de aglomerados estelares envoltos em poeira.

E as estrelas gigantes também vivem rápido e morrem jovens, queimando suas reservas de combustível em apenas alguns milhões de anos. Em comparação, nosso Sol está com menos da metade da sua expectativa de vida, de 10 bilhões de anos.

A combinação de estrelas densamente compactadas, tempos de vida relativamente curtos e vastas distâncias astronômicas tornam a obtenção de imagens claras de estrelas massivas individuais um grande desafio técnico.

Imagem mais nítida da estrela mais massiva que se conhece
Comparação das observações da R136a1, feitas pelo telescópio terrestre Gemini Sul (esquerda) e pelo telescópio espacial Hubble (direita).
[Imagem: Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA]

Limite de massa das estrelas

Venu Kalari e seus colegas obtiveram o melhor êxito até agora nesse desafio usando um instrumento chamado Zorro, montado no telescópio Gemini Sul, de 8,1 metros. O Zorro foi capaz de superar a resolução das observações anteriores, mesmo as do telescópio espacial Hubble, usando uma técnica conhecida como "imagem salpicada", que permite que telescópios terrestres superem grande parte do efeito de desfoque causado pela atmosfera da Terra.

Isto permitiu obter a imagem mais nítida da R136a1, a estrela mais massiva que se conhece. Essa estrela colossal é um membro do aglomerado de estrelas R136, que fica a cerca de 160.000 anos-luz da Terra, no centro da Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã companheira da Via Láctea.

As observações anteriores, menos nítidas, sugeriram que a R136a1 teria uma massa entre 250 a 320 vezes a massa do Sol. As novas observações do Zorro, no entanto, indicam que essa estrela gigante pode ter apenas entre 170 e 230 vezes a massa do Sol. Mas, mesmo com essa estimativa mais baixa, a R136a1 ainda se mantém na posição de estrela mais massiva conhecida.

"Isso sugere que o limite superior das massas estelares também pode ser menor do que se pensava anteriormente," disse Kalari.

Bibliografia:

Artigo: Resolving the core of R136 in the optical
Autores: Venu M. Kalari, Elliott P. Horch, Ricardo Salinas, Jorick S. Vink, Morten Andersen, Joachim M. Bestenlehner, Monica Rubio
Revista: The Astrophysical Journal
DOI: 10.48550/arXiv.2207.13078
Link: https://arxiv.org/abs/2207.13078
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