Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/11/2015
Fotografia com pouca luz
Tirar fotos em ambientes de pouca luminosidade é um desafio mesmo para as câmeras profissionais.
Para as câmeras incorporadas em celulares e tablets, então, as tentativas de colher bons momentos no escurinho geralmente acabam em frustração.
"Se você sair para um passeio à noite e tirar uma foto do céu, vai ver que ela ficará muito granulada. A fotografia em baixa luminosidade ainda não chegou lá, e estamos tentando corrigir isso. Esta é a última fronteira da fotografia móvel," resume Rajesh Menon, da Universidade de Utah, nos EUA.
Menon e seu colega Peng Wang acabam de dar uma contribuição importante para a solução do problema.
Eles criaram um filtro que, quando colocado à frente do sensor da câmera, permite a passagem de três vezes mais luz do que os filtros convencionais, produzindo imagens muito mais claras e menos granuladas.
Assinaturas de cor
Entre a parte óptica e o sensor de imagem - o CCD -, todas as câmeras possuem filtros para dividir a luz nas três cores primárias: vermelho, verde e azul. O problema é que os filtros atuais absorvem até dois terços da luz que a câmera capturou.
A solução desenvolvida pela dupla consiste em uma mistura de hardware e software.
O hardware é um disco de vidro de um micrômetro de espessura contendo ranhuras microscópicas precisamente traçadas para conduzir a luz de forma a criar uma série de padrões de cores. O software então lê esses padrões e determina a que cor cada um pertence.
O protótipo consegue gerar até 25 novos padrões de cores - em comparação com os três tradicionais do RGB -, produzindo fotos melhores e com menos granulosidade, além de simplificar o projeto da câmera, já que substitui três filtros por um só.
"Você pode obter muito mais informações de cor do que uma câmera colorida normal. Com uma câmera normal, você só vê vermelho, verde ou azul. Nós podemos ver 25 cores ou mais. Ela não somente é melhor em condições de baixa luminosidade, mas também dá uma representação mais acurada da cor," disse Menor.
Os pesquisadores já fundaram sua empresa, a Lumos Imaging, para tentar comercializar a nova tecnologia.