Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/01/2014
Biofabricação
Os nanogeradores são a forma mais promissora para a colheita de energia, que consiste no aproveitamento de vibrações e outros fenômenos naturais para gerar eletricidade para pequenos aparelhos eletrônicos.
A equipe do Prof. Keon Jae Lee, do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, já havia demonstrado que os nanogeradores podem ser biocompatíveis, o que facilitará seu uso em implantes médicos para aproveitar o próprio movimento do paciente para alimentar marca-passos e outros aparelhos.
Agora a equipe levou o aspecto "bio" ao extremo, e usou uma abordagem biotecnológica para fabricar o nanogerador.
Eles modificaram geneticamente um vírus M13, que é inofensivo para a saúde humana e amplamente existente na natureza, para tirar proveito da sua notável capacidade de sintetizar um material inorgânico altamente piezoelétrico, o titanato de bário (BaTiO3).
Os materiais piezoelétricos são os principais componentes dos nanogeradores, que geram eletricidade diretamente a partir de movimentos mecânicos - como a respiração, o batimento cardíaco ou o andar, entre muitas outras possibilidades.
Usando esse material piezoelétrico biofabricado, a equipe construiu um nanogerador flexível e com uma potência muito alta em relação aos seus antecessores.
"Esta é a primeira vez que se introduz um material piezoelétrico inorgânico biomodelado em um sistema de captação de energia autoalimentado, o que pode ser feito por meio de uma síntese eficiente e ambientalmente correta," disse o professor Lee.
O vírus M13 tem um longo histórico de auxílio nas pesquisas de geração de energia: