Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/06/2019
Órtese para uma ergonomia perfeita
Uma equipe multidisciplinar do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, criou um exoesqueleto que promete minimizar os problemas de dores nas costas de trabalhadores que precisam lidar com carregamento de peso ou movimentos repetitivos.
As dores nas costas, frequentemente incapacitantes, levando a faltas ao trabalho, afetam principalmente trabalhadores na área de logística, manufatura e serviços, onde os padrões de movimento fisicamente extenuantes fazem parte da rotina diária de trabalho.
Mais do que um EPI (Equipamento de Proteção Individual), o dispositivo é uma órtese, capaz de detectar os movimentos em tempo real e reagir a eles para manter a postura adequada.
"A característica sem precedentes da nossa órtese robótica macia é a sua análise de movimento em tempo real. Algoritmos especialmente desenvolvidos baseados em aprendizagem de máquina e inteligência artificial permitem que a ergonomia seja analisada.
"Isto distingue esta órtese dos exoesqueletos disponíveis comercialmente, que tipicamente são robôs que, de acordo com os seus princípios funcionais, amplificam todos os tipos de movimentos - mesmo os não-ergonômicos - e apenas desviam a carga colocada no usuário de uma parte sobrecarregada do corpo para uma área menos exigida," explicou o professor Henning Schmidt, coordenador de desenvolvimento do equipamento, batizado de ErgoJack.
O exoesqueleto emite alertas quando o trabalhador adota posturas ou movimentos não ergonômicos. Unidades de medidas inerciais, embutidas no colete, comparam padrões de movimento pré-aprendidos com o movimento real do trabalhador e o avaliam em tempo real. Isso leva apenas algumas centenas de milissegundos. Os sensores de movimento miniaturizados estão localizados nos ombros, costas e coxas.
Os testes foram feitos em uma fábrica da Ford na Alemanha, e a equipe agora está tentando licenciar a tecnologia para um parceiro comercial.