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Robótica

Exoesqueleto deve ser ferramenta, não robô

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/10/2015

Exoesqueleto deve ser ferramenta, não robô
A intenção é desenvolver um exoesqueleto que as pessoas idosas se interessem em testar e usar.
[Imagem: Eoin White/Universidade de Limerick]

Auxílio, não substituto

Engenheiros dinamarqueses estão trabalhando no desenvolvimento de um exoesqueleto que seja útil e aceito pelos usuários como uma ferramenta de auxílio aos próprios movimentos.

A equipe está reunindo as melhores tecnologias disponíveis em termos de sensores e atuadores para montar um exoesqueleto prático no período de um ano.

Assim, ao contrário de outras iniciativas com viés mais futurístico, eles não querem focar apenas na tecnologia.

"Claro, há também um desafio social em termos de se nossos potenciais usuários finais irão aceitar ou não a tecnologia," justifica Shaoping Bai, da Universidade de Aalborg.

"É por isso que chamamos o exoesqueleto de ferramenta, em vez de robô. Apenas a palavra robô pode impedir que as pessoas mais conservadoras se disponham a testá-lo. Tem cheiro de Robocop ou Homem de Ferro. Em vez disso, gostaríamos que as pessoas pensassem nele como uma ferramenta ou como uma ajuda," acrescenta.

Exoesqueleto de auxílio

O exoesqueleto projetado pela equipe não será destinado a pessoas paralisadas ou com deficiências. O grupo-alvo são principalmente pessoas mais velhas que, por exemplo, gostariam de continuar a fazer caminhadas, cuidar do jardim ou gerenciar suas próprias casas, mas já se sentem fracas demais para isso ou se cansam facilmente.

Exoesqueleto deve ser ferramenta, não robô
Para chegar ao seu objetivo, a equipe precisará miniaturizar bastante suas primeiras peças.
[Imagem: Jakob Brodersen/Universidade Aalborg]

Um exoesqueleto é uma espécie de esqueleto externo eletromecânico no qual pequenos motores elétricos fornecem uma força adicional para realizar diferentes tipos de movimentos.

Usando uma variedade de sensores, o exoesqueleto detecta sinais como um impulso para levantar o braço, esticar o cotovelo ou mover as pernas, e ativa os pequenos motores, que fazem um papel parecido com o de uma direção hidráulica em um carro: os movimentos ficam mais fáceis, sem depender de tanta força do usuário.

"É importante que os usuários não sintam que o exoesqueleto é mais forte do que elas - no sentido de que possa fazer a pessoa se sentir sem capacidade," acrescenta Bai. "Os sensores devem ser suficientemente sensíveis para serem capazes de determinar o quanto os motores precisam ajudar. O maior desafio é, na verdade, puramente mecânico."

Batizado de AXO Suit, o exoesqueleto deverá ser testado ao longo de 2016.

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