Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/11/2015
Músculo artificial pneumático
Engenheiros japoneses criaram um novo tipo de exoesqueleto que dá suporte ao andar sem a necessidade de quaisquer dispositivos eletrônicos ou baterias.
O equipamento, chamado UPS (Unplugged Powered Suit) funciona com base em um novo tipo de músculo artificial pneumático, chamado PGM (Pneumatic Gel Muscle).
O exoesqueleto pode melhorar a qualidade de vida não apenas dos idosos e pacientes debilitados, mas também de pessoas saudáveis que gostam de atividades esportivas, que podem obter um impulso extra para aumentar a velocidade de suas corridas.
Sem baterias
O aparelho consiste em três partes: o atuador (músculo artificial), um compressor de ar para acionar o músculo artificial e os tubos de transmissão. Como a pressão do ar é baixa, o aparelho final ficou leve e flexível, sendo fácil de usar, sem provocar desconforto.
A bomba de ar é acionada ao pisar, de forma que o próprio movimento da pessoa fornece a energia de atuação, dispensando as mais tradicionais baterias.
"O exoesqueleto cobre a articulação do quadril e a bomba é acionada na contralateral. Este arranjo permite apoiar o movimento da coxa na fase de balanço," explica o professor Yuichi Kurita, da Universidade de Hiroshima.
Suporte ao movimento humano
Segundo Kurita, há duas aplicações principais para o exoesqueleto, uma voltada para diminuir a atividade muscular durante a corrida e outra para aumentar a velocidade do andar ou correr.
Numa e noutra função, as duas partes superiores do exoesqueleto devem ser reposicionadas conforme o músculo sobre o qual o aparelho deve agir. Só a bomba fica no calcanhar do pé do lado oposto ao músculo artificial - ou nos dois, em uma configuração completa.
"O exoesqueleto foi projetado para dar suporte ao movimento humano onde e quando necessário. Ele não contém quaisquer dispositivos pesados. Isso significa que nós podemos personalizar o exoesqueleto para necessidades específicas do usuário, tais como força muscular para atletas ou para reabilitação. No futuro, nós poderemos desenvolver roupas assistivas mais inteligentes, incluindo atuadores e sensores de vestir usando nossa técnica," disse o professor Kurita.
Embora ainda sem data marcada, há expectativas de que o exoesqueleto possa chegar ao mercado, uma vez que a pesquisa está sendo feita em parceria com a empresa Daiya Industry, que construiu o protótipo.