Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/06/2019
Ímã mais forte do mundo
Engenheiros do Laboratório de Altos Campos Magnéticos (MagLab) dos EUA construíram o magneto mais forte da Terra, com um recorde de fluxo de densidade magnética de 45,5 teslas.
Ao contrário do seu antecessor gigantesco, o 45T, que detinha o recorde há quase duas décadas, a nova configuração é muito menor e usa bem menos energia.
Isto foi possível com a utilização de fios de um composto de terras raras chamado óxido de cobre-bário (REBCO), que se torna supercondutor a -196º C. Esse frio extremo também permite a criação de bobinas sem a necessidade de isolamentos - a bobina atinge 1.260 A/mm2.
O pequeno recordista, contudo, ainda não é um ímã de trabalho de pleno direito porque só foi capaz de sustentar seu campo magnético por alguns segundos. Mas o experimento mostrou que os ímãs feitos de supercondutores de óxido de cobre são uma opção viável para versões mais duradouras - o mais comum é usar nióbio.
E é uma boa notícia considerando que o seu antecessor, o 45T, que é totalmente funcional, é um monstrengo de 6,7 metros de altura e 35 toneladas que consome 30 MW de energia - são 15.000 litros de água bombeada por minuto para mantê-lo refrigerado.
"Estamos realmente abrindo uma nova porta. Esta tecnologia tem um potencial muito bom para mudar completamente os horizontes das aplicações de alto campo devido à sua natureza compacta," disse Seungyong Hahn, engenheiro do MagLab.