Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/07/2012
Vida nas luas de Saturno
Uma cientista britânica divulgou desenhos de como ela imagina seres alienígenas que poderiam ter-se desenvolvido em um mundo com as características de Titã, uma das luas de Saturno.
Recentemente, a sonda espacial Cassini encontrou sinais de um oceano em Titã, que possui também uma estrutura similar à de um lago africano.
Mas os chamados "ingredientes da vida" foram encontrados em Encélado, outra lua de Saturno.
Há algum tempo os especialistas discutem a existência de vidas exóticas no espaço, diferentes de vida que conhecemos aqui na Terra.
Águas-vivas voadoras
Mas as criaturas imaginadas por Maggie Alderin-Pocock não parecem tão exóticas assim, lembrando nossas bem-conhecidas águas-vivas.
Segundo a pesquisadora, essas águas-vivas alienígenas poderiam flutuar sobre nuvens de gás metano, recolhendo nutrientes químicos por fendas que servem de bocas.
Bolsas com formas de cebolas se moveriam para cima e para baixo para ajudar na movimentação, e feixes de luz seriam usados para a comunicação.
Assim como os seres humanos não sobreviveriam sob as condições da atmosfera de Titã, as águas-vivas alienígenas seriam corroídas na atmosfera de oxigênio terrestre.
Vida de silício
Cientistas brasileiros já defenderam a possibilidade de existência de vida nas luas de Saturno, embora não tenham se arriscado a desenhar suas feições.
"Nossas imaginações são naturalmente limitadas pelo que vemos no nosso entorno, e o senso comum é de que a vida precisa de água e é baseada em carbono. Mas alguns pesquisadores estão desenvolvendo trabalhos muito instigantes, jogando com ideias como formas de vida baseada em silício", observa Alderin-Pocock.
Ela observa que o silício está logo abaixo do carbono na tabela periódica e que os dois elementos têm muitas semelhanças químicas. Além disso, o elemento seria amplamente disponível no universo.
"Talvez possamos imaginar instruções semelhantes para a formação do DNA, mas com silício em vez de carbono. Ou então a vida alienígena poderia não seguir nada parecido com o DNA," diz.