Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/05/2010
Ornitópteros
Um grupo de pesquisadores japoneses construiu uma réplica totalmente funcional de uma borboleta rabo-de-andorinha, incluindo a capacidade de voar.
O microavião é classificado na classe dos ornitópteros, veículos que voam imitando o movimento natural das asas de insetos ou pássaros.
Borboletas rabo-de-andorinha
Entre os vários tipos de borboletas, as rabo-de-andorinha destacam-se por apresentarem uma área das asas em relação à sua massa corporal muito maior do que a de qualquer outra borboleta.
Combinado essa grande área com o movimento das asas dianteiras sobrepostas, o animal consegue voar batendo as asas em uma frequência relativamente baixa e com um curso muito restrito.
Controle aerodinâmico
Desta forma, as borboletas rabo-de-andorinha têm uma capacidade limitada de controle ativo sobre a força aerodinâmica das suas asas.
Seu movimento corporal é resultado de uma reação passiva ao simples movimento de bater as asas, e não - como em outros tipos de borboletas - de uma reação ativa à aerodinâmica.
Ou, pelo menos, esta é a teoria.
Avião robô
Felizmente essas características facilitam a imitação do movimento do animal por um avião robô, uma vez que o movimento é mais simples e o bater suave das asas consome pouca energia.
E o grupo de pesquisadores japoneses pode comprovar que sua teoria estava certa, ou seja, que o animal consegue voar para a frente usando tão-somente o suave bater de asas, sem nenhum outro movimento ativo do corpo.
Os cientistas construíram seu ornitóptero com as mesmas dimensões de uma borboleta rabo-de-andorinha real, reproduzindo o formato e até mesmo os finos veios que permeiam a membrana de suas asas.
Voo artificial
O voo do microavião ainda não seria suficiente para fazê-lo ganhar uma corrida aérea de uma borboleta real, mas o protótipo serviu apenas para demonstrar o conceito e comprovar que a teoria do voo simplificado está correta.
Usando um software de análise de movimento, os pesquisadores foram capazes de monitorar o desempenho aerodinâmico do ornitóptero, demonstrando que o voo pode ser feito com os movimentos simples de bater das asas, sem controle de feedback.
Esse modelo agora poderá ser aplicado em outros sistemas aerodinâmicos de veículos com outras dimensões e que utilizem mecanismos alternativos de bater as asas.