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Robótica

Bigodes artificiais prometem sensibilidade robótica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/09/2012

Bigodes artificiais prometem sensibilidade robótica
O Shrewbot é a última encarnação dos robôs dotados de vibrissas, inspirados nos bigodes de ratos e musaranhos.
[Imagem: Bristol Robotics Laboratory]

Bigodes sensíveis

O Dr. Tony Prescott vem tentando aumentar a sensibilidade dos robôs há algum tempo.

Inspirando-se nos bigodes dos ratos, ele começou criando um robô capaz de detectar objetos ao seu redor.

Apesar de um tanto tosco naquela primeira versão, o experimento serviu para auxiliar estudos em diversas áreas.

Admirado com o sucesso do aspirador-robô Roomba, o pesquisador usou sua tecnologia e mostrou que é possível dar uma sensibilidade muito maior ao robô usando bigodes de rato - ou vibrissas, para ser mais preciso - e um cérebro de macaco.

Bigodes biomiméticos

Depois de todos os testes e experimentos, a equipe afirma ter chegado agora a um estágio no qual seu sistema sensorial biomimético pode ser útil em tarefas muito mais críticas do que ajudar a aspirar o chão.

Isso inclui desde encontrar pessoas em prédios em chamas e áreas de desastres naturais, até melhorar as cirurgias robotizadas, sobretudo as laparoscopias, cirurgias feitas por incisões pequenas, geralmente no umbigo.

Embora várias equipes tentem desenvolver robôs mais parecidos com os seres humanos, os bigodes biomiméticos são mais sensíveis e versáteis do que os sensores táteis inspirados na mão humana.

"Se você olhar para a natureza, quase todos os mamíferos, exceto os humanos, têm bigodes - na verdade fomos nós que os perdemos. Bigodes são uma forma natural de sentir as coisas pelo toque," justifica o Dr. Prescott.

Bigodes artificiais prometem sensibilidade robótica
O objetivo do pesquisador é viabilizar a fabricação de um sistema sensorial biomimético que possa ser usado em qualquer tipo de robô, ou mesmo em equipamentos médicos.
[Imagem: Biotact]

Vibrações das vibrissas

O sistema funciona medindo as vibrações na base das vibrissas artificiais, vibrações estas que variam conforme o material com que a haste entra em contato.

Motores ultraminiaturizados permitem controlar desde um bigode individual até centenas deles, fazendo-os vibrar para "escovar" os objetos, da mesma forma que os animais fazem, movendo suas vibrissas para frente e para trás rapidamente.

Algoritmos de processamento igualmente inspirados nos animais analisam os dados de cada vibrissa para determinar, por exemplo, se a superfície é lisa ou rugosa, se é uma parede ou um canto, a distância do objeto e até mesmo se o objeto está se movendo.

Mercado para bigodes robóticos

Usado em robôs, esse tipo de sensoriamento ativo pode melhorar muito a interação da máquina com o seu ambiente, permitindo que o robô sinta delicadamente os objetos, em vez de se chocar contra eles.

Por isso os pesquisadores querem produzir os equipamentos em massa, para que eles possam ser adquiridos na forma de kits.

"Queremos que esses sensores sejam usados universalmente, que você possa entrar em uma loja e comprar um, da mesma forma que você compra uma webcam hoje, e monte em qualquer tipo de robô ou qualquer dispositivo.

"No momento, o preço da tecnologia ainda é relativamente alto, mas prevemos que esse preço vai cair ao longo do tempo, e já estamos conversando com alguns fabricantes - há definitivamente interesse na tecnologia," concluiu Prescott.

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