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Energia

Baterias de imprimir são finas como papel e pesam menos de um grama

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/07/2009

Baterias de imprimir são finas como papel e pesam menos de um grama
As baterias de imprimir serão úteis em artefatos de vida útil mais curta, podendo ser impressas sobre o próprio dispositivo que irão alimentar.
[Imagem: Fraunhofer]

Se há um campo que precisa urgentemente de uma tecnologia disruptiva, daquelas que quebram os paradigmas atuais e levam a técnica para um outro patamar, este campo é o das baterias.

As baterias atuais são razoáveis, mas não muito mais do que isso. Elas são grandes, pesadas e caras. Baterias com alta densidade de energia que não tivessem esses problemas poderiam viabilizar de vez, entre outros inúmeros exemplos, os veículos elétricos e o uso das energias eólica e solar.

Bateria impressa

Os pesquisadores do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, estão fazendo a sua parte. Ainda não é a bateria que o mundo aguarda, mas poderá resolver vários pequenos problemas, literalmente.

Os pesquisadores apresentaram nesta semana a sua nova bateria, que é fina como um papel, com uma espessura menor do que 1 milímetro e pesando menos de 1 grama. E que pode ser fabricada em larga escala por um processo de impressão.

"Nosso objetivo é produzir essas baterias em massa a um preço de um dígito na casa dos centavos," diz o Dr. Andreas Willert, coordenador do grupo que criou a bateria impressa.

Bateria sem mercúrio

A nova bateria não contém mercúrio e gera uma tensão de 1,5 V, similar à das pilhas convencionais, o que a torna adequada ao uso imediato nos equipamentos eletrônicos atuais. Imprimindo várias delas em série pode-se alcançar tensões de 3 V, 4,5 V, 6 V e assim por diante.

Ela é composta de várias camadas, incluindo um anodo de zinco e um catodo de manganês. O zinco e o manganês reagem um com o outro para produzir a eletricidade.

Volatilidade

Entretanto, as camadas do anodo e do catodo volatilizam-se gradualmente durante o processo químico em que geram eletricidade. Isso torna a bateria útil em produtos com tempo de vida curta ou que exijam potências muito baixas, como cartões de crédito ativos, etiquetas RFID, sensores e outros dispositivos portáteis.

Como o processo de fabricação da bateria ultrafina é muito simples, similar ao utilizado na impressão de serigrafia (silk-screen), os pesquisadores afirmam que ela poderá estar disponível comercialmente até o final deste ano.

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