Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/03/2009
Antes e depois das caminhadas espaciais da missão STS-119, os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) passaram por uma checagem em busca de micróbios antes de saírem para o espaço e ao retornarem para a Estação.
Proteção planetária
Este foi o primeiro teste de uma tecnologia de proteção planetária que, um dia, poderá evitar que os humanos contaminem as areias de Marte.
"Nós fizemos os testes utilizando o LOCAD-PTS, um laboratório biológico miniaturizado para viajantes espaciais," conta Jake Maule, coordenador da experiência.
LOCAD-PTS é uma sigla para Lab-On-A-Chip Application Development Portable Test System, um microlaboratório do tamanho de um chip de computador, também conhecido como biochip, capaz de fazer exames biológicos.
Mantendo Marte livre de micróbios
O teste é uma preparação para uma situação que poderá acontecer no futuro, quando os astronautas, em vez de saírem para uma caminhada espacial em órbita da Terra, saírem para uma caminhada pelas areias de Marte.
Para explorar outros planetas, será necessário que eles se certifiquem de que as potenciais formas de vida do planeta vermelho não sejam contaminadas com microorganismos terráqueos. Um dos grandes objetos das missões exploratórias de Marte será trazer amostras para estudo que estejam absolutamente livres de contaminação.
Fungos no espaço
O módulo S6, última a parte do núcleo central da ISS, que também foi instalado nesta missão do ônibus espacial Discovery, passou por testes com o biochip antes de ser enviado para o espaço.
O equipamento mostrou a presença de uma pequena quantidade ou de nenhuma bactéria em cada um dos 15 pontos analisados. Contudo, o biochip detectou glucano, um indicador da presença de fungos ao longo das treliças do módulo.
No espaço, o aparelho foi utilizado para analisar as luvas dos astronautas, que foram avaliadas em busca de contaminação antes e depois das caminhadas espaciais.
Os resultados dos testes terão que esperar até que o ônibus espacial retorne à Terra, o que deverá acontecer no próximo sábado, dia 28. Contudo, a NASA afirmou que, uma vez que os fungos foram detectados nas estruturas centrais da Estação Espacial, é muito provável que o resultado da análise das luvas dos astronautas dê positivo na leitura feita depois que eles retornaram da caminhada espacial.