Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/09/2011
Mistério em aberto
A família de asteroides apontada como a responsável pela extinção dos dinossauros acaba de ser inocentada.
A descoberta reabre o caso que é um dos maiores mistérios da Terra.
O responsável pelo incômodo achado foi o telescópio espacial WISE, que mapeou o céu inteiro duas vezes, de Janeiro de 2010 a Fevereiro de 2011.
A porção caçadora de asteroides da missão, chamada NeoWISE, catalogou 157.000 asteroides, dos quais 33.000 eram desconhecidos.
Asteroide e dinossauros
Não é a primeira vez que a teoria sobre a extinção dos dinossauros fica ela própria em risco de extinção:
Embora os cientistas continuem bastante confiantes em afirmar que um grande asteroide caiu na Terra cerca de 65 milhões de anos atrás, levando à extinção dos dinossauros e de outras formas de vida, eles não sabem exatamente de onde veio tal asteroide, como ele fez o seu caminho até a Terra e nem mesmo exatamente onde teria caído.
Família Batistina
Um estudo de 2007, usando observações na faixa da luz visível, feitas por telescópios terrestres, sugeriu que o asteroide matador seria o remanescente de um asteroide gigantesco, gerador de uma família conhecida como Batistina (ou Baptistina).
Segundo essa teoria, o Batistina teria colidido com outro asteroide do cinturão principal, entre Marte e Júpiter, cerca de 160 milhões de anos atrás.
A colisão teria arremessado pelo espaço pedaços do tamanho de montanhas. Um desses pedaços teria então acertado a Terra, levando à extinção dos dinossauros.
Pontos ressonantes
Mas a teoria não suportou as observações em infravermelho do WISE, que descartaram qualquer participação da família Batistina no episódio.
Os novos dados sugerem que o Batistina-pai, que se quebrou para dar origem a toda a família observada hoje, quebrou-se há apenas cerca de 80 milhões de anos, o que é apenas metade do tempo calculado anteriormente.
"Isso não dá tempo para que os restos da colisão se movam para um ponto ressonante e sejam arremessados em direção à Terra," disse Amy Mainzer, coautora do estudo. "Acredita-se que esse processo leve dezenas de milhões de anos."
Áreas de ressonância são locais no cinturão principal de asteroides onde a interação entre a gravidade de Júpiter e de Saturno podem funcionar como uma máquina de pinball para disparar asteroides para regiões próximas à Terra.