Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/11/2015
Bateria orgânica
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Friedrich Schiller de Jena, na Alemanha, desenvolveu um sistema que usa polímeros orgânicos e uma solução salina inofensiva para armazenar energia.
O sistema é voltado para o armazenamento temporário de fontes intermitentes de energia, como a solar e a eólica, que geram energia demais num momento, e de menos em outro.
"O que é novo e inovador na nossa bateria é que ela pode ser fabricada a um custo muito menor, e quase atinge a capacidade dos sistemas tradicionais que usam ácidos e metais," disse o professor Martin Hager, coordenador da equipe.
Durante um longo tempo, as baterias de fluxo - também conhecidas como sistemas redox - foram desenvolvidas utilizando o metal vanádio dissolvido em ácido sulfúrico como eletrólito. Ocorre que o vanádio é extremamente caro, e o ácido sulfúrico altamente corrosivo.
Bateria redox sem ácidos
Nesta bateria redox construída pela equipe alemã, são utilizados materiais sintéticos. A estrutura central lembra o isopor (poliestireno), no qual grupos funcionais foram adicionados para permitir que o material aceite ou doe elétrons.
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Os polímeros literalmente "nadam" em uma solução aquosa, sem necessidade de ácidos agressivos.
"Assim, conseguimos usar uma membrana de celulose simples e barata e evitar materiais tóxicos e caros," disse Tobias Janoschka, principal projetista do sistema.
Nos primeiros testes, a bateria redox de fluxo suportou 10.000 ciclos de carga e descarga com uma perda mínima de capacidade.
A densidade de energia do protótipo chegou a 10 Watts-hora por litro. A equipe afirma já estar trabalhando em uma versão maior e mais eficiente.