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Robótica

Robô autônomo Nomad encontra meteoritos na Antártica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/09/2001


O robô Nomad, da Universidade Carnegie Mellon, que procura meteoritos na Antártica desde o final do mês de Janeiro, completou sua missão examinando mais de 100 rochas, estudando cerca de 50 em detalhes e classificando 7 tipos de meteoritos.

Um especialista da Fundação Nacional de Ciências para busca de Meteoritos na Antártica (ANSMET), que coletou as amostras identificadas no campo pelo Nomad, concluiu que 5 dos 7 selecionados eram realmente meteoritos. Os outros 2 exigirão maiores estudos sobre sua composição. Os meteoritos encontrados são guardados no Centro Espacial Johnson, em Houston, e estão disponíveis para cientistas de todo o mundo.

"Nomad encontrou e classificou corretamente três meteoritos no próprio local,"disse Dimitrios Apostolopolous, gerente do projeto. "O robô classificou corretamente três outros meteoritos e classificou incorretamente um deles como rocha terrestre. Nomad atingiu estes resultados autonomamente e sem qualquer conhecimento prévio acerca das amostras." A maior parte dos meteoritos encontrados pelo robô são tipos relativamente comuns, compostos principalmente de rocha amorfa com pequenas inclusões metálicas que provavelmente se originaram de asteróides. Mas um dos que o robô classificou como interessante é tão raro que ele não tinha dados em seu sistema para determinar seu tipo.

As descobertas foram feitas a 160 milhas a nordeste da base americana McMurdo, leste da Antártica. A área é um importante local na descoberta de meteoritos, com cerca de 2.000 amostras recuperadas durante as últimas 7 visitas, incluindo o primeiro meteorito identificado como sendo definitivamente originário de Marte.

A expedição Nomad e as suas descobertas são significantes porque é a primeira vez que um robô, baseando-se apenas em sensores e inteligência artificial foi capaz de encontrar um meteorito escondido no gelo e distinguí-lo de outras rochas. A primeira descoberta se deu em 22 de Janeiro, quando o robô passava sobre uma área do tamanho de um campo de futebol.

O local de busca continha falsos meteoritos, rochas típicas da Antártica, mas muito parecidas com aquelas vindas do espaço.

Quando Nomad encontra uma amostra promissora, ele desdobra seu braço mecânico, que contém uma câmera de alta resolução e um espectrômetro para fazer imagens e coletar dados, o quais são utilizados para determinar a composição da rocha. Quando Nomad encontrou seu primeiro meteorito, ele já havia completado 350 metros lineares de busca e já havia examinado 7 outras rochas. Com a ajuda do aprendizado da máquina e de técnicas estatísticas, Nomad atribui um valor numérico que representa sua estimativa de que a rocha seja ou não de origem extra terrestre. Ele classificou o primeiro meteorito com uma estimativa 2,5 vezes mais alta do que a de qualquer outra rocha que ele já havia examinado. Quanto mais rochas ele analisa, maior é sua precisão na atribuição de estimativas para rochas que realmente são meteoritos.

"Este é um pequeno passo para um robô, mas um grande passo para a robótica." brincou Willian L. Whittaker, principal pesquisador do grupo." Isto marca a primeira descoberta feita no mundo por uma máquina inteligente e estabelece um precedente para novas classes de pesquisas robóticas na Terra e no espaço."

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