Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/09/2001
Químicos da Academia de Ciências da Rússia anunciaram o desenvolvimento de um gel substituto para o eletrólito de sais utilizado nas baterias de lítio.
Essas baterias têm um mercado muitíssimo promissor: além de suas grandes vantagens técnicas, suas competidoras enfrentam grandes problemas no aspecto ambiental. Baterias de zinco-cádmio e chumbo geram sérios problemas quando viram sucata, além de não serem recarregáveis.
Mas também as baterias de lítio ainda enfrentam alguns problemas técnicos. Uma bateria de lítio é composta de um catodo de sais de manganês e cobalto, um anodo de lítio, ambos separados por um eletrólito de sais de lítio. Durante sua operação, dendritos de lítio começam a crescer a partir do anodo. Assim que essas formações atingem o catodo dá-se um curto-circuito e a bateria é inutilizada. A distância entre os dois elementos é muito pequena, normalmente cerca de 50 micra. Para evitar isso, eles são separados por uma folha de polipropileno que, por seu lado, pode induzir à criação de outros dendritos, além de diminuir a capacidade de comunicação entre o eletrólito e o anodo.
A solução veio com a utilização de um polímero não alifático, ao qual foi aplicado um "tipo especial" de catalisador. O resultado foi um gel-polímero resistente a altas temperaturas, boa formação de filme e excelente condutor de eletricidade. O gel é inerte com relação ao lítio e elimina por completo a formação de dendritos. Além disso, eles não danificam o catodo e uma bateria construída com eles poderia manter sua vida útil por 10 anos ou mais, sem perder suas características eletroquímicas. Os testes mostram operação normal à temperatura ambiente, além de fornecer voltagens mais altas (4 volts, contra 1,6 das baterias normais).