IST Results - 30/08/2005
Uma cabeça robótica de morcego, capaz de emitir e detectar ultrasons na faixa de freqüências utilizada pelos morcegos reais, deverá dar um grande impulso à ecolocalização.
O Bat-Bot, desenvolvido pelo projeto europeu CIRCE, também é capaz de virar as orelhas, uma técnica freqüentemente utilizada pelos morcegos para modular as características dos ecos.
O projeto CIRCE desenvolveu o Bat-Bot para reproduzir com precisão a espetacular capacidade de ecolocalização dos morcegos e para servir como uma ferramenta para novas pesquisas na área.
"O sonar na água é um campo de pesquisas maduro, mas o sonar no ar é muito menos avançado," explica o Dr. Herbert Peremans, chefe do Laboratório de Percepção Ativa, da Universidade de Antuérpia, Bélgica, e coordenador do CIRCE.
"Sempre que uma equipe deseja construir um robô autônomo, eles primeiro se voltam para o sonar, mas rapidamente se vêem às voltas com problemas, devido à natureza muito simplória dos sistemas de sonar comerciais, e mudam para visão [de máquina] ou rastreamento por laser. Nós esperamos que a pesquisa que agora nós poderemos fazer com o morcego robô leve a sistemas de sonar mais sofisticados, que possam ser utilizados para navegação de robôs e outras aplicações," afirma ele.
Uma das aplicações potenciais do novo robô é a identificação de plantas. Os cientistas descobriram que diferentes plantas produzem características únicas de eco. O robô morcego identificou corretamente todas as plantas a que foi submetido durantes os testes iniciais.