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Robótica

Novos polímeros eletroativos poderão finalmente viabilizar músculos artificiais para robótica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/03/2004

Novos polímeros eletroativos poderão finalmente viabilizar músculos artificiais para robótica

[Imagem: Mohsen Shahinpoor]

A maioria dos aficionados de robótica já ouviu falar dos músculos artificiais. São fibras especiais, sintetizadas a partir dos metais níquel e titânio, elementos dos quais derivam seu nome comercial, o NiTinol. Estas fibras possuem a interessante propriedade de aumentarem de tamanho quando submetidas a uma corrente elétrica.

Essa propriedade faz com que estas fibras artificiais funcionem como um músculo, estendendo-se quando submetidas a uma corrente elétrica e voltando ao seu tamanho original quando a corrente é interrompida. Embora interessante do ponto de vista experimental, o NiTinol não resultou em grandes avanços na robótica, por várias ineficiências: as fibras são frágeis, incapazes de acionar grandes cargas e, principalmente, seu processo de distensão e retorno ao tamanho original é bastante lento, resultando no máximo em robôs que se movem como bichos-preguiça.

Mas um polímero promete dar novo alento ao campo dos músculos artificiais. Chamado de polímero eletroativo (EAP, na sigla em inglês, de "ElectroActive Polymer"), o novo músculo artificial também não é exatamente uma novidade. O fato é que agora os cientistas conseguiram otimizar muito os polímeros eletroativos, fabricando fibras capazes de sustentar grandes cargas, funcionar com rapidez e duráveis, resultando em vários produtos práticos e úteis.

Os novos músculos artificiais conseguem distender-se até cinco vezes seu tamanho original e alguns modelos sobreviveram a mais de 10 milhões de ciclos de expansão e contração. Esse excelente desempenho permitiu que os cientistas os utilizassem para construir motores, bombas e sistemas de propulsão robótica absolutamente silenciosos. Os militares já vislumbram veículos submergíveis capazes de se mover como peixes.

O Dr. Mohsen Shahinpoor, da Universidade do Novo México (Estados Unidos) foi um pouco além e construiu um andróide ciclista, batizado de Bony, que pedala energicamente. O Dr. Shahinpoor criou uma empresa, a Environmental Robots, que disponibiliza kits de experimentação com os novos polímeros eletroativos.

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