Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/11/2005
Asa voadora
A NASA começou a fazer testes no túnel de vento com um novo conceito de avião, o chamado "avião-asa", ou asa voadora.
Ao contrário dos aviões tradicionais, cujo projeto pode ser chamado de "tubo com asas", o novo avião possui área útil em praticamente toda a sua extensão, o que torna seu desenho muito mais versátil.
Embora o conceito de avião-asa possa trazer à mente o famoso caça Stealth, os projetos são muito diferentes. Esse avião militar exige um aparato eletrônico para mantê-lo voando que inviabilizaria qualquer uso civil. E, embora não forme exatamente um tubo, sua seção útil também é central, com asas claramente definidas projetadas para fora dessa seção.
"Nós queremos entender as características fundamentais de vôo da conexão corpo-asa," diz Dan Vicroy, coordenador dos pesquisadores. "Nós sabemos muito sobre as características de vôo dos aviões tubos com asas, mas nós não temos muita experiência com as asas voadoras."
Estabilidade
Para aprender um pouco mais, os engenheiros da NASA construíram um modelo de 3,6 metros de largura e 36 quilos e testaram-no no gigantesco túnel de vento do Centro de Pesquisas Langley, que possui uma seção útil de 10 x 20 metros.
O modelo voou livremente, preso apenas a um cabo de aço.
Ainda serão necessários muitos outros testes antes que a asa voadora possa ser introduzida como uma aeronave de transportes segura. A junção asa-corpo não possui aquela tradicional "cauda" traseira vertical dos aviões atuais, que serve para controlar os movimentos de subida e descida e de giro lateral.
Para suprir a falta da cauda, o avião-asa utiliza uma combinação de superfícies de controle sobre a borda traseira da asa, que o torna capaz de executar os mesmos movimentos.
Pressurização
Os testes no túnel de vento têm como principal objetivo justamente testar a melhor combinação dessas superfícies de controle.
Outras questões ainda precisam ser respondidas sobre o conceito de asa voadora:
"Uma questão é como construir uma estrutura leve que possa ser pressurizada," diz Vicroy. "É fácil pressurizar um tubo, mas não é nada simples pressurizar um formato não cilíndrico."