Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/08/2006
Os microlaboratórios, como indica seu nome em inglês - "lab-on-a-chip", são verdadeiros laboratórios do tamanho de um chip de computador. Fabricados com a mesma tecnologia dos chips - chamada fotolitografia - esses laboratórios microscópios deverão revolucionar a forma como são feitos os exames médicos.
Também chamados de biochips, os microlaboratórios são formados por inúmeros microcanais, capazes de testar várias amostras simultaneamente, com enorme precisão e rapidez; e usando menos do que uma gota do material que está sendo testado.
Agora, um cientista da Universidade de Alberta, Canadá, desenvolveu uma tecnologia que poderá tornar a operação dos biochips mais simples e mais fácil, permitindo que eles possam ser comercializados em massa.
O Dr. James McMullin desenvolveu uma tecnologia que facilita a leitura dos resultados dos exames feitos nesses laboratórios microscópicos. Hoje essa leitura ainda exige equipamentos grandes e caros.
O microlaboratório criado pelo Dr. McMullin contém em seu interior o seu próprio sistema óptico, eliminando a necessidade de lentes para iluminar os seus microcanais para se fazer a análise de seus resultados.
"A idéia de colocar a micro-óptica no interior do chip é ser capaz de levar a luz a - ou coletá-la de - múltiplos locais simultaneamente. A luz pode ser injetada em guias de onda ópticos na borda do chip, e guiada a localizações precisas," diz o cientista. Guias de onda são componentes ópticos largamente utilizados em telecomunicações.
Os biochips mais utilizados hoje têm apenas um canal. A nova tecnologia permitirá a utilização de inúmeros canais, todos operando ao mesmo tempo, fazendo vários testes simultâneos.