Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/01/2005
Pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia e Ciências Industriais Avançadas e do Hospital de Tsukuba, ambos do Japão, desenvolveram um sistema chamado Sistema de Aquisição Remota de Imagens de Ambulâncias, que permitirá aos médicos anteciparam-se ao tratamento de pacientes que ainda estejam sendo trazidos ao hospital a bordo de ambulâncias.
Nos serviços médicos de emergência, a taxa de sucesso no salvamento de vidas é muito influenciado pelo tratamento fornecido pelos paramédicos durante o período de saída da cena do acidente até o desembarque no pronto-socorro, assim como da preparação do departamento de emergências. Por isto, um equipamento que permita que os médicos de plantão examinem os pacientes antes que eles cheguem, poderá ser de grande ajuda.
O novo sistema utiliza um algoritmo de compactação de imagens inovador que permite a transferência de vídeo de alta definição por meio de telefones celulares. A nova tecnologia foi batizada de Codificação Adaptativa por Truncagem de Blocos (ABC) e foi desenvolvida exatamente para se tirar proveito da infraestrutura existente de comunicação por telefonia celular.
O novo algoritmo de compressão de dados apresenta melhor qualidade e produz um arquivo menor do que os JPEG e JPEG2000, utilizados para imagens congeladas. Isso assegura o envio das imagens em um período menor de tempo e diminui os erros de transmissão comuns na telefonia celular.
Para o sistema de aquisição de imagens em uma ambulância, a prioridade não está simplesmente no envio de cenas em geral, mas na possibilidade de seleção de imagens específicas necessárias ao diagnóstico médico. Para isso foi desenvolvida uma interface que permite que o médico clique sobre uma área da cena e veja a imagem correspondente, sem se preocupar com a manipulação direta da câmera.
Assim que o paramédico na ambulância aciona o sistema, um alarme é disparado no computador do hospital. O software então apresenta uma imagem geral do paciente, na resolução QVGA (320 x 240 pixels). Ao clicar sobre uma área da imagem, o médico recebe um zoom que pode chegar a uma ampliação ótica de até 18 vezes, permitindo a análise detalhada das partes do corpo do paciente mais afetadas pelo acidente.