Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/01/2007
Bolômetro
Acaba de ser construído um dos mais precisos sensores já feitos pelo homem para estudar a atmosfera terrestre e o espaço exterior.
O sensor, capaz de detectar freqüências na faixa de terahertz, será utilizado pela primeira vez em um balão que irá estudar a atmosfera nos céus no Brasil, em busca de mais informações sobre a diminuição da camada de ozônio da Terra.
Mas isto é apenas o início. A radiação terahertz é um dos campos mais pesquisados atualmente, sendo de grande interesse dos astrofísicos, que vêm nessa freqüência um promissor campo de pesquisas para desvendar as origens do universo.
Minúsculo, mas ultrassensível, o sensor é chamado de Bolômetro de Elétrons Quentes. Bolômetro é um aparelho que mede calor que se irradia por um determinado meio. Os cientistas estão muito interessados em medir a radiação cósmica na faixa dos terahertz, que pode conter importantes informações sobre o nascimento de planetas, estrelas e galáxias.
Sensor de nióbio
O detector opera com base no princípio de que a resistência elétrica de um elemento supercondutor - que funciona a temperaturas extremamente baixas - aumenta quando ele é aquecido.
O núcleo do detector consiste em uma pequena peça feita com o supercondutor nitreto de nióbio, em cujas extremidades são conectados contatos também supercondutores que permanecem congelados a -268 °C, apenas cinco graus acima do zero absoluto.
Uma minúscula antena de ouro captura a radiação terahertz e a envia para os contatos. O nitreto de nióbio então funciona como um termômetro extremamente sensível. "Lendo esse termômetro nós podemos medir com muita precisão a radiação terahertz," diz o cientista Merlijn Hajenius.
Depois de voar a bordo de um balão pelos céus do Brasil, onde fará sua estréia, o novo sensor deverá equipar o observatório HEAT, na Antártica e a missão espacial ESPRIT.