Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/02/2006
Cientistas da Universidade de Michigan, Estados Unidos, desenvolveram um novo implante coclear que, além de ser mais eficiente no caso de pacientes com altos graus de surdez, é mais fácil de ser colocado, evitando danos nos tecidos saudáveis do ouvido durante a cirurgia.
O novo implante, desenvolvido pela equipe do Dr. Kensall D. Wise, utiliza minúsculos eletrodos, feitos de uma membrana ultrafina, para estimular diretamente o nervo auditivo.
Os aparelhos atuais utilizam um grande conjunto de fios, que devem ser inseridos no pequeno orifício espiral da cóclea. Esse volume torna difícil sua colocação mais profunda, necessária para transmitir os sons de baixa freqüência, além de poder causar danos no restante da audição que o paciente ainda possui.
"A faixa de freqüências que pode ser estimulada depende da profundidade que o implante atinge na cóclea, com as baixas freqüências situadas mais no fundo do canal espiral," diz Wise. Na tecnologia atual, cada implante pode ter entre 16 e 22 pontos de estimulação. Já o novo implante atinge até 128 pontos de estimulação.
Como o novo equipamento é baseado em uma textura flexível, ele pode receber outras funções, como sensores de posição, que ajudarão os cirurgiões a monitorar exatamente o ponto em que se encontra o implante durante sua inserção.
O novo implante ainda está sendo testado em animais e só depois dos testes em humanos ele poderá chegar ao mercado. O Dr. Wise afirma que isto deverá se dar em cerca de cinco anos.