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Eletrônica

Avanço em sensores CMOS farão câmeras digitais gastarem menos baterias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/12/2005

Avanço em sensores CMOS farão câmeras digitais gastarem menos baterias

As câmeras digitais já fizeram sua revolução e se tornaram a tecnologia corrente, desbancando os centenários filmes químicos. Agora imagine ter uma câmera digital de altíssima resolução que não precise ser maior do que um botão de camisa e que funcione por anos com uma única bateria.

É justamente isso o que promete uma nova tecnologia, desenvolvida por cientistas da Universidade de Rochester, Estados Unidos. A descoberta age justamente sobre um dos maiores problemas dos sensores CMOS - os chips que capturam as imagens: o alto consumo de energia.

Ao conseguir reduzir drasticamente a energia consumida, a nova tecnologia também permitirá a inclusão de um poder muito maior de processamento num espaço muito menor. Resultado: sensores de imagen menores e com maior resolução,

A equipe do professor Mark Bocko também desenvolveu um novo mecanismo que é capaz de comprimir o arquivo da imagem com maior eficiência, utilizando muito menos cálculos do que os métodos utilizados hoje.

"Estas duas tecnologias poderão funcionar em conjunto ou separadamente, reduzindo enormemente a energia necessária para se capturar uma imagem digital," diz Bocko. "A primeira é evolucionária, já que ela faz a tecnologia atual avançar um pouco mais. A segunda poderá se mostrar revolucionária, porque ela representa uma forma inteiramente nova de capturar uma imagem."

A primeira tecnologia integra um conversor analógico-digital em cada pixel do sensor CMOS. Tentativas anteriores de se fazer isto haviam exigido o acréscimo de um número enorme de transistores, o que deixa uma área muito pequena para a captura da luz.

A nova tecnologia acrescenta apenas três transistores por pixel, ficando mais da metade da área do pixel para a coleta de luz. Testes iniciais com o novo chip mostram que a captura de filmes com velocidade de 30 quadros por segundo utiliza apenas 0,88 nanowatts - 50 vezes menos do que o melhor resultado já alcançado.

O novo chip também faz poeira sobre os atuais no quesito faixa dinâmica - a diferença entre a luz mais brilhante e a mais fraca que ele consegue capturar. Os sensores CMOS atuais conseguem capturar uma luz que seja 1.000 vezes mais brilhante do que a luz mais fraca capaz de sensibilizá-lo - o que é expresso como uma faixa dinâmica de 1:1.000. Já a nova tecnologia demonstrou uma faixa dinâmica de 1:100.000.

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