Nova tecnologia permitirá interfaces por toque pela metade do preço

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/02/2004

A empresa japonesa Fujitsu anunciou o desenvolvimento da primeira interface resistiva de toque que utiliza um filme de polímero condutor, um tipo especial de película transparente que oferece uma durabilidade 10 vezes maior do que as atuais, além de poder ser produzida pela metade do custo. Segundo a empresa, o novo processo está pronto para gerar produtos comercializáveis.

A nova tecnologia é aplicável não apenas a equipamentos móveis, como telefones celulares, PDAs e computadores portáteis, como também viabiliza aplicações para as quais a utilização de painéis de toque não era possível por questões de custos. As telas acionáveis por toque permitem interfaces mais imediatas e diretas, sem a utilização de teclados ou mouse.

A tecnologia atual utiliza películas resistivas com eletrodos transparentes, feitas de óxido de índio-estanho, um material cerâmico condutor e transparente. O grande inconveniente é que o material cerâmico é quebradiço, ainda que ele seja transformado em película e depositado sobre um plástico flexível. O uso constante acaba por gerar micro-fissuras, o que diminui a eficiência da interface por toque. O processo de fabricação também é caro, utilizando equipamentos de alto vácuo.

Já a nova tecnologia utiliza um polímero condutor como eletrodo, um material orgânico que é tão flexível quanto o plástico. O material também é depositado como uma fina camada sobre um filme plástico, num processo controlado com precisão nanométrica.

Os testes de resistência do novo material atingiram 200.000 repetições de toque sobre um mesmo ponto sem que fossem verificadas degradações no funcionamento do equipamento.