Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/05/2002
O grande feito dos processadores atualmente disponíveis no mercado foi a miniaturização. Eles ainda são feitos dos mesmos componentes básicos, transistores, diodos etc. Grosso modo, foi a drástica diminuição que permitiu o aumento espantoso de sua velocidade. Mas estas unidades básicas, os transistores e os diodos, são essencialmente chaves liga-desliga. (Para saber como funciona um transístor, veja o link no quadro Para Navegar.)
Se, ao invés de serem feitos com semicondutores, como atualmente, os processadores pudessem ser feitos com supercondutores, esse chaveamento constante poderia ser feito muito mais rapidamente. Como resultado, os chips seriam muitíssimo mais velozes. E observe que tudo o mais seria constante. O mesmo chip, feito de material diferente, seria muito mais veloz.
Pesquisadores já haviam conseguido construir um transístor supercondutor. Em 2.001, foi anunciada a produção de um microprocessador totalmente à base de supercondutores. Mas esse chip experimental não conseguia trocar dados.
Agora, pesquisadores do TRW Space and Electronics Group, da Califórnia (Estados Unidos), chefiados pelo Dr. Quentin Herr, anunciaram que construíram um chip à base de nióbio, que se torna supercondutor a cerca de nove graus acima do zero absoluto. O chip conseguiu transmitir dados a 60 Gigabits, mais do que três vezes a velocidade de um chip de silício. O experimento foi mantido na temperatura necessária com a utilização de hélio líquido.
Infelizmente, problemas de custo não permitem a produção em escala de tais processadores. Eles terão que esperar o avanço na ciência dos supercondutores que talvez um dia poderão operar em temperaturas mais amenas. É que manter o chip do experimento a nove graus acima do zero absoluto custou nada menos do que US$30.000,00.